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Capital

Justiça nega revogação de prisão a pai de santo suspeito de abuso sexual

Aline dos Santos | 15/07/2011 09:08
Casa de homem apontado como pai de santo foi incendiada após denúncia. (Foto: João Garrigó)
Casa de homem apontado como pai de santo foi incendiada após denúncia. (Foto: João Garrigó)

A justiça negou revogação da prisão temporária do homem apontado como pai de santo e acusado de abusar de crianças durante rituais em Campo Grande. Ele está foragido desde a decretação da prisão e agora a defesa vai tentar habeas corpus no TJ/MS (Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul) para que o acusado não fique atrás das grades.

Conforme a advogada Katiusci Sandim Vilela, ele só vai se entregar à polícia se o tribunal negar o pedido. Na decisão da juíza Vara da Infância, Juventude e do Idoso, Katy Braun do Prado, consta que o acusado está amedrontando testemunhas.

A tese é refutada pela defesa. “Ele é quem se sente ameaçado e teve a casa incendiada”, afirma a advogada.

De acordo com a delegada da DPCA (Delegacia Especializada de Proteção à Criança e ao Adolescente), Regina Márcia Rodrigues de Brito Mota, o acusado será preso assim que localizado.

O homem é apontado como autor de estupro a quatro crianças. Uma das três crianças é a filha do acusado e as outras são vizinhas, sendo uma delas de seis anos.

A polícia descobriu o caso depois que uma menina de 6 anos foi estuprada pelo próprio tio, no último dia 24 de junho. A denúncia foi feita por um vizinho. A criança foi encaminhada para um abrigo e relatou que participava de rituais com outras crianças, quando o autor dos abusos era o suposto pai de santo.

Ele dilacerava galinhas vivas na frente das vítimas. Em seguida, ficava nu e as mandava pegarem no seu órgão genital, alegando que iriam ganhar força. O sangue dos animais era espalhado pelo corpo das crianças. A casa dele, no Jardim Montevideu, foi incendiada após a denúncia vir a público.

O homem apontado como pai de santo não tem registro na Fecams (Federação de Cultos Afro-brasileiros e Ameríndios de Mato Grosso do Sul), que reúne sacerdotes da umbanda e candomblé.

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