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Capital

Justiça regulamenta uso de plenário do júri para audiências de facções

Foram liberados o uso dos plenários Francisco Giordano Neto e Desembargador Assis Pereira da Rosa, no Fórum de Campo Grande

Geisy Garnes | 10/05/2018 14:52
Dos sete réus, seis compareceram a audiência sobre a morte de "Babidi" (Foto: Fernando Antunes)
Dos sete réus, seis compareceram a audiência sobre a morte de "Babidi" (Foto: Fernando Antunes)

Os juízes Carlos Alberto Garcete e Aluízio Pereira dos Santos regulamentaram, por meio de portaria, o uso dos plenários do Tribunal do Júri de Campo Grande para a realização de audiências de casos que envolvem integrantes de facções criminosas. Neste mês, réus apontados como autores de duas execuções a mando do PCC (Primeiro Comando da Capital), foram ouvidos no local.

Foram liberados o uso dos plenários Francisco Giordano Neto e Desembargador Assis Pereira da Rosa, no Fórum de Campo Grande, para audiência de casos com grande número de réus. De acordo com o TJMS (Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul), a decisão foi tomada em razão ao crescente número de execuções motivadas pela guerra de facções no Estado.

A medida, segundo os juízes, é necessária por conta da “impossibilidade de realização das audiências nas salas dos gabinetes dos juízes pela quantidade de presos, acompanhados de suas escoltas policiais, de advogados” e também para garantir a segurança e acomodação de acadêmicos do curso de direito que acompanham casos de homicídio.

A Portaria considera ainda que as varas do tribunal do júri estão autorizadas, desde 2015, a realizarem julgamentos extraordinários para atender a expressiva quantidade em processos de júris.

Onze réus foram ouvidos na terça-feira pela more de  José Carlos (Foto: Danielle Valentim)
Onze réus foram ouvidos na terça-feira pela more de José Carlos (Foto: Danielle Valentim)

Casos - No dia 4 deste mês, sete suspeito de envolvimento na morte de Rudnei da Silva Rocha, o “Babidi” - em outubro do ano passado - se reuniram no plenário do júri para acompanhar os depoimentos de testemunhas na primeira audiência sobre o caso.

Rudnei da Silva Rocha foi visto pela última vez com vida no dia 6 de outubro. Na data, ele saiu de casa afirmando que estava sendo ameaçado por supostamente ser integrante do Comando Vermelho e que estava indo esclarecer a situação. Na noite do dia seguinte, o corpo do rapaz de 22 anos foi encontrado decapitado no Indubrasil.

Sete pessoas respondem pelo crime: Lucas Carmona de Souza, 20 anos, Valdeir Lourenço, 44 anos, Rodrigo Roberto Rodrigues, 18 anos, Roberto Railson Maia da Silva, 21 anos, Cristina Gomes Nogueira Rodrigues, 31 anos, Mike Davison Medeiros da Silva Lima, 19 anos e Ayumi Chaves da Silva, 21 anos.

A audiência foi acompanhada por seis dos réus. Ayumi, a sétima envolvida no crime, está foragida. Na data, 14 testemunhas foram ouvidas e apenas Lucas Carmona prestou depoimento e confessou o crime ao juiz Carlos Alberto Garcete, da 1ª Vara do Tribunal do Júri.

Quatro dias depois, na terça-feira (8), onze pessoas envolvidas na morte de José Carlos Figueiredo, o “Coroa” de 41 anos, prestaram depoimento sobre o crime ao juiz Aluízio Pereira dos Santos, da 2ª Vara do Tribunal do Júri. A vítima foi sequestrada e decapitada após ser “julgada” pelo PCC (Primeiro Comando da Capital) em novembro do ano passado, em Campo Grande.

Os onze réus mudaram as versões apresentadas na delegacia durante as investigações sobre a execução e afirmaram não saber quem foi o autor da execução.

Respondem pelo crime: Kaio Batista de Oliveira, de 25 anos, Davyd Samuel Boaventura Salvador, de 19 anos, Nicolas Kelvin Soares Montalvão, o Gordão de 19 anos, Luan Loubet Barros, de 20 anos, Nilton Gauta Evangelista, o Pezão de 38 anos, Carolina Gonçalves de Matos, a Carol, de 37 anos, Cleia Ricarda Aveiro, a Paraguaia de 40 anos, Henrique Leandro da Silva Pelegrino, o Gordinho, de 25 anos, Denilson Bernardo de Arruda, vulgo Denis, de 24 anos, Thiago Pereira Peres, conhecido como “Sem Vulgo”, de 29 anos e Pamella Almeida Ribeiro, a Emonoma, de 29 anos.

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