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Capital

Laudo aponta abandono e possível fogo provocado pelo irmão de bebê queimado

Graziela Rezende | 20/03/2014 12:20

A perícia criminal enviou o laudo que aponta a causa da morte de um bebê de um ano e oito meses, carbonizado após o fogo tomar conta do ‘cercadinho’ onde ele estava no bairro Los Angeles, em Campo Grande. Segundo o perito Amilcar da Serra, das três hipóteses levantadas, a mais provável seria de que o irmão do bebê, de apenas três anos, acendeu o isqueiro em um chinelo de plástico que estava próximo a criança e ela foi atingida pelas chamas.

“O laudo apontou que seria esta a causa mais provável, principalmente porque localizamos resíduos do chinelo, de material inflamável e o isqueiro próximo. E em depoimento, testemunhas disseram que rotineiramente o menino brincava com isqueiros, já que a avó era fumante e a mãe e o convivente usuários de droga”, afirma o perito.

No entanto, o perito ressalta que as outras duas hipóteses, como um incêndio criminoso por parte de terceiros, pelo fato da janela estar aberta e ainda o fogo por conta de uma bituca de cigarro jogada pela avó no quarto, seriam as outras possibilidades. A análise na casa perdurou por 2h30.

O laudo já é de conhecimento da delegada Regina Márcia Rodrigues, titular da Depca (Delegacia Especializada de Proteção à Criança e o Adolescente) e responsável pelas investigações. “O inquérito está praticamente concluído, aguardando apenas acrescentar este documento. Mas finalizamos as investigações com o indiciamento da mãe por abandono de incapaz com resultado morte”, afirma ao Campo Grande News a delegada.

Por conta deste agravante e dela constantemente deixar sozinho o outro filho, Denise Alves, 26 anos, permanece presa e com uma pena que varia de quatro a doze anos de reclusão.

Tragédia - O fogo começou por volta das 15 horas, do dia 9 de março, em uma casa na rua Mansour Contar. No local, estavam apenas Ketlyn, o irmão e a avó, que é cadeirante e não fala. Em pouco tempo, segundo testemunhas, a fumaça tomou conta do lugar. A menina estava em um cercado infantil, conhecido como “chiqueirinho”, que foi consumido pelas chamas.

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