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Capital

Perícia aponta que incêndio criminoso pode ter matado bebê queimado

Graziela Rezende | 10/03/2014 12:48
Polícia na casa onde ocorreu a tragédia. Foto: Graziela Rezende
Polícia na casa onde ocorreu a tragédia. Foto: Graziela Rezende

A perícia, após 2h30 de análise em uma residência no bairro Los Angeles, em Campo Grande, verifica três hipóteses para a morte de um bebê de um ano e oito meses, carbonizado após o fogo tomar conta do ‘cercadinho’ onde ele estava na tarde de ontem (9). Entre elas, está um possível incêndio criminoso.

“Assim que chegamos ao quarto da vítima, percebemos que estava fácil de achar o foco das chamas e com isso levantamos três possibilidades. Uma delas seria proveniente de uma bituca de cigarro deixada no local pela avó da criança, que também era fumante. Com a janela aberta, o fogo se espalhou ainda mais rápido”, afirma o perito criminal Amilkar da Serra e Silva Neto.

Com a ajuda de depoimentos, os policiais ainda levantaram uma segunda hipótese. Conforme o convivente da mãe da criança, que reside em uma edícula nos fundos, o menino de três anos, irmão da vítima, rotineiramente brincava com isqueiros e ele pode ter acendido em algo inflamável.

“O convivente e a mãe da criança eram usuários de droga então havia vários isqueiros e caixas de fósforo espalhados pela casa. E no quarto onde o menino de três anos estava possuía muitas roupas espalhadas pelo chão, sendo que isso possa ter causado o incêndio no local”, explica o perito.

A terceira hipótese, investigada pela Polícia Civil, seria de um incêndio criminoso. “Um dia antes, a motocicleta do convivente da vítima foi furtada ali da casa. E segundo algumas testemunhas, ele possuía desafetos na região. Com a janela aberta, infelizmente alguém pode ter provocado aquele fogo ali no quarto”, diz o policial.

A perícia ainda constatou a inexistência de tomadas naquele quarto, o que descarta qualquer chance de se tratar de um incêndio criminoso. O resultado do IC (Instituto de Criminalística), conforme o perito ficará pronto em dez dias.

Tragédia - O fogo começou por volta das 15 horas na casa da rua Mansour Contar. No local, estavam apenas Ketlyn, o irmão e a avó, que é cadeirante e não fala. Em pouco tempo, segundo testemunhas, a fumaça tomou conta do lugar. A menina estava em um cercado infantil, conhecido como “chiqueirinho”, que foi consumido pelas chamas.

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