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Capital

Ligações são peça-chave em inquérito sobre morte no Sóter

Elverson Cardozo e Paula Maciulevicius | 02/10/2012 14:18
Principais suspeitos do crime chegam a delegacia para pretarem depoimento. (Foto: Rodrigo Pazinato)
Principais suspeitos do crime chegam a delegacia para pretarem depoimento. (Foto: Rodrigo Pazinato)

Ligações telefônicas realizadas por Waldemir Belarmino da Silva, de 32 anos, se tornaram peças-chave na investigação policial que tenta desvendar o mistério de seu assassinato no último domingo (30), no Parque do Sóter, em Campo Grande.

Na manhã desta terça-feira (2), os dois principais suspeitos do crime, Emerson Correa, de 26 anos e Lúcio Flávio Mendes dos Santos, de 24 anos, foram ouvidos no 3º DP e informaram à polícia que na noite do crime recebeu ligações da vítima.

Para Lucio, Waldemir teria pedindo uma arma, já que ele tem passagem por porte ilegal. Para Emerson, a vítima ligou dizendo que estava sofrendo ameaças. Além dessas ligações, Waldemir, segundo a polícia, teria conversado, por telefone, com mais duas pessoas, que estão sendo investigadas.

As ligações ocorrem por volta das 21h30. Vinte e dois minutos depois, Waldemir Belarmino foi assassinado.

O delegado que investiga o caso, Márcio Custódio, afirmou que os registros das ligações encontradas no celular da vítima serão fundamentais para a investigação. “Nós vamos checar e, apesar deles dizerem que não eram amigos, constava os nomes deles na agenda”, disse, se referindo a Lúcio e Emerson.

Depoimentos - De acordo com a polícia, durante depoimentos, os suspeitos apresentam álibis e afirmaram que não estiveram no Parque do Sóter, mas há testemunhas do crime que confirmam ter visto os carros deles no local – um Celta prata, que seria do Emerson e um Uno de cor escura, o carro de Lúcio.

“Agora as investigações estão sendo intensificadas para ver se procede e há afirmações, denúncias de que eles seriam os autores”, explicou.

O advogado de defesa dos suspeitos, Marcos Ivan, declarou que seus clientes estavam sofrendo ameaças. Márcio Custódio disse não ter conhecimento desse fato e informou que vai checar a situação com familiares deles.

Delegado que investiga o caso, Márcio Custódio, do 3º DP. (Foto: Rodrigo Pazinato)
Delegado que investiga o caso, Márcio Custódio, do 3º DP. (Foto: Rodrigo Pazinato)

Emerson, o primeiro a ser ouvido, disse que estava trabalhando no domingo à noite, na hora do crime, mas, questionado, se atrapalhou e não soube responder em que horário Waldemir Belarmino foi assassinado.

“Ele tinha um álibi pronto. Ele trabalha com porteiro em um prédio no centro da cidade. A polícia vai solicitar as imagens para comprovar se ele estava realmente trabalhando”, destacou o delegado.

Segundo Márcio Custódio, há informações de que Emerson seria receptador de jóias roubadas, mas essa situação ainda está sendo apurada. A polícia prossegue colhendo depoimentos de testemunhas e familiares para traçar o perfil dos envolvidos.

Crime - Waldemir Belarmino da Silva foi morto na noite do último domingo (30), no estacionamento do Parque do Sóter, em Campo Grande. Quando a PM (Polícia Militar) chegou, ele estava caído ao lado do carro que dirigia, um Golf vermelho, que era de um amigo.

“Eu trabalho com a hipótese que a vítima marcou um encontro com alguém conhecido, mas foi pego de surpresas para um acerto de contas”, destacou o delegado.

Informações fornecidas à polícia apontam que antes do crime, por volta das 19h, a vítima já havia se encontrado com alguém – possivelmente uma mulher - no mesmo local. Ele teria ido embora e retornado mais tarde.

Às 21h52, Waldemir foi assassinado. Dos 11 tiros que levou, 7 deles foram nas costas.

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