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Capital

Mais cinco afirmam que PM atirou para matar em frente de boate

Outras quatro testemunhas já haviam confirmado a versão no domingo

Helton Verão | 31/10/2012 16:55
Ike tentou conter a confusão e foi atingido por um tiro na cabeça (Foto: Arquivo Pessoal)
Ike tentou conter a confusão e foi atingido por um tiro na cabeça (Foto: Arquivo Pessoal)

Mais cinco testemunhas que presenciaram a briga generalizada em frente a casa noturna Santa Fé, que terminou na morte de Ike Cézar Gonçalves, de 29 anos, prestaram depoimento hoje na DEH (Delegacia Especializada de Repressão aos crimes de Homicídio) ao delegado Edílson dos Santos.

Todas tiveram a mesma versão das demais testemunhas ouvidas no domingo (28), pela delegada da Depac Piratininga, Franciele Candotti Santana. Que o policial militar Bonifácio dos Santos Junior, de 36 anos, que é lotado na Cigcoe (Companhia Independente de Policiamento de Crises e Operações Especiais) atirou intencionalmente para matar a vítima que tentava apaziguar a briga.

Conforme os depoimentos, dois amigos de Bonifácio, ainda não identificados, abordaram uma das meninas que estava no grupo junto à Ike Cézar, começando uma confusão.

O policial não estava ao lado dos dois amigos, mas apareceu alcoolizado durante o desentendimento, e disse apenas uma frase, “eu sou policial”.

As testemunhas também contam que Bonifácio estava dentro do carro, e dali mesmo efetuou os primeiros disparos. Após descer, ele fez mais disparos, um atingindo Ike Cézar e outro de raspão em Max Bruno Souza Leite, amigo da vítima.

Depois, Bonifácio continuou atirando, antes de ir embora do local. Foram disparados entre quatro a sete tiros, segundo os depoimentos, que também indicam que a vítima estava separando a briga.

Casa de show Santa Fé (Foto: Minamar Júnior)
Casa de show Santa Fé (Foto: Minamar Júnior)

Bonifácio fugiu do local junto a outro amigo, Osni Ribeiro de Lima, de 36 anos. Ambos foram presos, e Bonifácio ainda apresentava sinais de embriaguez. Em depoimento, ele afirma ter efetuado três disparos para dispersar a confusão, todos para o alto.

Entretanto, segundo a delegada Franciele Candotti, o policial se contradiz nos depoimentos. Pois o próprio admite ter atirado duas vezes para cima antes de descer do veículo e outras duas depois que desceu, assim já contabilizando quatro tiros.

Mas a explicação não convenceu, pois ainda foram disparados pelo menos mais dois tiros, o que passou de raspão por Max e o que matou Ike.

A delegada Franciele considerou bem esclarecido os acontecimentos através dos primeiros depoimentos. O delegado da DEH, Edílson dos Santos seguirá ouvindo mais testemunhas nos próximos dias.

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