Manicure quase é morta estrangulada pelo marido usuário de drogas
Pedreiro de 22 anos foi preso em flagrante por policiais da Depac (Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário) da Vila Piratininga na madrugada desta sexta-feira (13), após espancar e tentar estrangular a esposa, uma manicure de 19 anos, em ponto de ônibus no mesmo bairro. As agressões só não terminaram em morte porque uma testemunha interferiu e acionou a polícia. O autor é usuário de drogas e não teve o nome divulgado, para preservar a identidade da vítima.
De acordo com o delegado plantonista Hoffman D'Ávila Cândido e Souza, os fatos vieram à tona por volta das 2h, quando uma pessoa procurou a delegacia para informar que o rapaz, sem camisa e visivelmente alterado, agredia a esposa no ponto da Avenida Manoel da Costa Lima.
Os policiais não encontraram ninguém no local informado. Porém, dando continuidade às buscas, avistaram o suspeito comprando bebidas e cigarro em uma conveniência que fica na mesma rua. Ele não resistiu à prisão e foi levado até à residência em que vive, nas proximidades, onde a manicure foi socorrida, desorientada. “Ela estava praticamente fora de si, caída, sem forças e com diversas marcas de agressão, mas conseguiu relatar o ocorrido”, disse o delegado.
A jovem estava bastante fragilizada, disse que foi enforcada até perder a consciência e, por esta razão, temia apanhar de novo. Uma vizinha testemunhou as agressões e conseguiu socorrê-la, deixando-a em casa. “Soubemos que a vítima trabalha o dia todo e é responsável por manter a casa em ordem, já que o marido, usuário, fica a maior parte do tempo desocupado, consumindo entorpecentes. Ela disse que esta foi a primeira agressão, mas acreditamos que haja mais casos. Foi solicitado medidas protetivas”, relatou.
Diante das evidências, o delegado da Depac autuou o pedreiro por lesão corporal dolosa, ameaça e injúria, sem direito a fiança. “Ele será indiciado no âmbito da Lei Maria da Penha. Somados todos os agravantes, as penas podem chegar até a 4 anos e dois meses de detenção”.
O casal tem dois filhos, sendo meninas de três meses e três anos, que, até que a mãe se recupere completamente, recebem atenções da vizinha. “Pedi exame de lesão corporal da vítima e vou tentar sensibilizar a Justiça para que o agressor continue preso”, concluiu Hoffman.