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Capital

Médico é liberado após ser autuado por desacato em briga com bombeiros

Confusão em pronto-socorro terminou com médico preso por militares

Luana Rodrigues | 05/05/2017 14:10
Socorristas e médico prestaram depoimento no 6º DP. (Foto: Marcos Ermínio)
Socorristas e médico prestaram depoimento no 6º DP. (Foto: Marcos Ermínio)

O clínico-geral de 32 anos, preso por bombeiros na manhã desta sexta-feira (5), na UPA (Unidade de Pronto Atendimento) do Jardim Leblon, foi autuado por desacato a funcionário público no exercício da função e desobediência. O médico foi ouvido na 6ª Delegacia de Polícia Civil e liberado.

Segundo informações da Polícia Civil, o estopim da confusão foi o socorro de um paciente com deficiência mental, de 17 anos, que estava sofrendo com uma crise convulsiva, por volta das 8h. O médico e os bombeiros, que não tiveram a identificação revelada, se desentenderam pelo fato do profissional já estar atendendo uma mulher com problemas respiratórios.

Médico e bombeiros foram ouvidos e em seguida liberados pela polícia. Apenas o clínico geral foi autuado por desacato.

Versões - Em entrevista ao Campo Grande News, o médico disse que seguiu os protocolos. “Segui o código de disciplina e dei preferência à paciente em estado mais grave”, disse o médico, que alegou estar seguindo para o entubamento da paciente quando foi abordado pelos bombeiros.

É a partir desse ponto que as duas versões diferem. O sargento dos Bombeiros alega que colocou o paciente adolescente em uma maca e pediu para outros integrantes da equipe irem buscar material para imobilização, quando o médico apareceu gritando e os ofendendo com palavrões.

O acusado diz que os bombeiros deixaram o adolescente na maca e estavam indo embora e ele foi alertá-los de que a maca não era apropriada e que o paciente precisava ser imobilizado para não sofrer uma queda.

Diante dos ânimos exaltados, médico e bombeiro chegaram a trocar empurrões que só não terminaram em agressões físicas pela intervenção de enfermeiros e até de outros pacientes que acompanharam a confusão.

“Estava atendendo minha paciente quando fui informado que estava preso. Liguei para o meu advogado, não teria obrigação nenhuma de vir aqui sem ser intimado judicialmente, mas fiz questão. Também vou fazer um boletim de ocorrência. Estava atendendo sozinho e eles precisam ter mais respeito, sempre acham que têm preferência, o que não é verdade”, disse o médico.

“Ele foi extremamente grosseiro, dizendo palavrões, nos ofendendo e até partindo para a agressão física, que conseguimos impedir. Lamentável tudo isso. Sempre tem confusão quando ele é o plantonista na unidade”, disse um dos bombeiros.

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