Mensagens expõem vício em jogos violentos de homem que matou esposa e filha
Enquanto a esposa economizava, João investia em itens virtuais de jogos
Novo relatório anexado ao processo, em 22 de agosto, detalha conversas de João Borges de Medeiros com amigos e familiares, antes de ele assassinar e carbonizar a esposa, Vanessa Eugênia Medeiros, e a filha de 10 meses, Sophie, em Campo Grande. Os documentos revelam vício em jogos violentos e crises financeiras.
RESUMO
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Mensagens obtidas pela polícia revelam que João Borges de Medeiros, acusado de matar a esposa Vanessa e a filha Sophie, de 10 meses, em Campo Grande, era viciado em jogos violentos online. As conversas mostram que, enquanto a família passava por dificuldades financeiras básicas, ele priorizava gastos com jogos. O crime ocorreu em 26 de maio, quando João matou Vanessa com um golpe "mata-leão" e estrangulou Sophie. Após retornar ao trabalho normalmente, ele comprou gasolina e queimou os corpos em uma área de mata. O Ministério Público o denunciou por duplo feminicídio qualificado e ocultação de cadáver.
As mensagens trocadas entre João e Vanessa mostram que o casal enfrentava dificuldades até para comprar leite para a filha. Enquanto ela tentava controlar gastos e cobrava mais comprometimento com a casa, ele preferia investir em itens para jogos online e passava horas em plataformas de violência e destruição.
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Conversas obtidas pela polícia entre o perfil “LordLoko” (João) e outros jogadores trazem diálogos sobre morte, suicídio, armas, canibalismo e táticas agressivas. O histórico confirma o isolamento e o comportamento frio do acusado.
O crime - Na tarde de 26 de maio, durante o horário de almoço, João matou Vanessa com um golpe “mata-leão” e, em seguida, esganou Sophie. Arrastou os corpos para o banheiro, voltou ao trabalho como se nada tivesse ocorrido e, horas depois, comprou 13 litros de gasolina para queimar mãe e filha em uma área de mata no Indubrasil.
O laudo aponta tentativa de apagar vestígios de sangue dentro da casa. A reconstituição em 3D feita pela perícia reforça a versão de que os assassinatos ocorreram no quarto e no banheiro do imóvel, no Bairro São Conrado, em Campo Grande.
Frieza e premeditação - Testemunhas relataram que João chegou a afirmar, semanas antes, que mataria a esposa e a filha. Prints entregues à polícia mostram a frieza: após os crimes, ele enviou mensagem a um colega dizendo “tá começando a feder aqui já”, referindo-se aos corpos no porta-malas.
No dia seguinte, registrou boletim de ocorrência por “desaparecimento” das vítimas, fingindo desespero e planejando culpar outra pessoa.
Denúncia - O Ministério Público denunciou João por duplo feminicídio qualificado e ocultação de cadáver, apontando agravantes como motivo torpe, meio cruel e impossibilidade de defesa das vítimas. No caso de Vanessa, foi morta diante da filha. Sophie, além da idade, sofreu violência extrema.
As provas anexadas - prints, áudios e laudos - reforçam que os assassinatos foram meticulosamente planejados e executados com frieza.
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