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Capital

Militar falou com psicólogo depois de matar esposa

Ele matou Natalin Nara Garcia de Freitas Maia na madrugada de 4 de fevereiro e jogou corpo à beira da BR-060

Lucia Morel e Mirian Machado | 06/06/2022 19:40



Em audiência de instrução da 1ª Vara do Tribunal do Júri de Campo Grande, testemunhas de defesa e acusação do militar da Base Aérea, Tamerson Ribeiro Lima de Souza, se apresentaram para declarações. Entre eles, o psicólogo do casal, Erik Pitkowsky, que relatou que no dia do crime, 4 de fevereiro, conversou com o réu  pelo telefone, horas depois do crime.

Ele matou a esposa, Natalin Nara Garcia de Freitas Maia, na madrugada de 4 de fevereiro deste ano e jogou o corpo à beira da estrada BR-060, horas depois.

Na noite do mesmo dia, às 19h36, o assassinato conversou, por telefone, com o psicanalista que atendia o casal à distância. Em seu depoimento, Pitkowsky disse que Tamerson não relatou que havia matado Natalin e que conversou normalmente, apesar de afirmar que não estava bem porque dizia que a esposa havia saído de casa há três dias.

Tamerson também disse ao psicanalista que estava tentando contato com Natalin, mas que ela não o respondia. O terapeuta foi convocado pela defesa e disse ainda que o réu, nas sessões, foi identificado como uma pessoa “calma, inteligente, introspectiva, se expressa bem, fala bem, sensível” e que “quando brigava (com Natalin) tinha episódios depressivos”.

A pedido da acusação, os relatos do psicólogo referentes à vítima não foram relatados durante audiência por conta de sigilo e porque não houve autorização da família dela para que o conteúdo das sessões fosse aberto.

Outras testemunhas foram a avó materna de Natalin, Alcinete Albuquerque de Freitas, que foi chamada pela acusação, que é feita pelo Ministério Público Estadual e a delegada Ana Paula Trindade Ferreira, que não compareceu. Pela defesa de Tamerson, além do psicólogo, foram ouvidos, o colega do réu na Base Aérea, Fernando Pereira Faria e a dita “mãe de coração” de Natalin, Simone Vilela de Jesus. A audiência ocorreu por videoconferência.

Incompatibilidade – esta última disse em seu depoimento que morou cerca de 50 dias com o casal em 2019 e que presenciou muitas brigas entre eles. “Por mais que existisse amor, eles não combinavam juntos. Ela era muito nervosa e ele muito quieto, parado”, disse.

Também contou que viu a vítima bater em Tamerson, dando tapas na cara dele e que o agredia muito com palavras. “Quando ela sumiu, ele ligou chorando e falou apenas que a Natalin tinha sumido, ido embora e confessou que ela usava drogas. Não acreditei que era ele quando fiquei sabendo da morte”.

Por fim, Fernando, demonstrando pouco conhecer do colega com quem trabalha há cinco anos, contou apenas que em alguns momentos o via chegar machucado no serviço, com arranhões ou mancando. “Ele chegava triste, calado. Não falava muito do particular”, afirmou, dizendo ainda que só havia visto Natalin uma vez. “Todo mundo sabia que ele tinha problemas no relacionamento, mas ele gostava muito dela”, encerrou.

Sem a presença de testemunhas de acusação, nova audiência do caso foi marcada para 12 de julho à tarde, quando Tamerson e a delegada  Ana Paula Trindade Ferreira, que foi responsável pelo caso na Deam (Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher), deverão ser ouvidos.

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