Ministério Público tenta reverter absolvição de réu por morte de Grazi
Para promotoria, decisão dos jurados foi contrária às provas do processo
O MPMS (Ministério Público de Mato Grosso do Sul) recorreu contra a absolvição de Rômulo Rodrigues Dias, 36 anos. No último dia 11, ele foi inocentado pelo Tribunal do Júri da acusação de ter matado a esposa Graziela Pinheiro Rubiano e desaparecido com o corpo. No julgamento, prevaleceu a versão da defesa: Grazi foi apontada como uma “psicopata” que está viva em algum lugar.
Ao recorrer ao TJMS (Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul), a promotoria apontou que a decisão dos jurados foi “manifestamente contrária à prova dos autos”.
No julgamento, o promotor Douglas Oldegardo Cavalheiro dos Santos lembrou os jurados dos assassinatos cometidos por Luiz Alves Martins Filho, o “Nando”, serial killer que agia em Campo Grande e conseguiu ocultar os corpos de três das 13 vítimas. Já o advogado Thiago Andrade Sirahata construiu argumentação em cima de hipóteses para a fuga de Graziela.
Segundo a defesa, uma evidência de que ela estaria viva seriam movimentações nas contas bancárias da vítima. O advogado descobriu uma conta aberta no nome de Graziela em Ladário, em agosto de 2020, quatro meses após o desaparecimento em Campo Grande. À época, ela tinha 36 anos.
Para a DEH (Delegacia Especializada em Repressão aos Crimes de Homicídio) e Ministério Público, Graziela foi morta e esquartejada por Rômulo, que sumiu com as partes do corpo.
A investigação policial mostrou que havia vestígios de sangue em grande quantidade em uma edícula da casa onde Rômulo vivia com a vítima, no Bairro Jockey Club, e ainda no carro dele. No material encontrado no teto do veículo, o DNA examinado foi considerado compatível com o da filha de Graziela.