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Capital

Moradores comemoram demolição de casa usada por dependentes químicos

Local já foi cenário de tiros e ficou totalmente depredado após invasões

Natália Olliver e Thays Scnheider | 02/03/2023 10:14
Moradores comemoram demolição de casa usada por dependentes químicos
Casa demolida era usada como ponto de encontro de dependentes químicos no bairro Joquei Clube (Foto: Kísie Ainoã)

A casa que mais parecia um cenário de “guerra”, na Avenida das Bandeiras, no Bairro Jóquei Clube, foi demolida nesta semana. O imóvel invadido e "depenado" por dependentes químicos já havia sido mostrado em reportagens do Campo Grande News após destruição e abordagem policial que terminou com assaltante baleado, no fim da manhã do dia 14 de fevereiro.

À reportagem, o corretor Júlio Paulo de Novaes, da JN Imóveis, explicou que o proprietário decidiu colocar a casa abaixo. “Faz horas que comentamos com ele sobre o problema, falamos que uma solução seria demolir, porque não tinha outro jeito, não tinha como reformar, o local estava muito depredado. Não sei se ele vai vender ou não, se vai construir ou só deixar o terreno”, pontua.

Vanderson Carvalheiro, de 40 anos, é dono de uma oficina mecânica no bairro há três anos e diz que percebia uma movimentação constante de dependentes químicos no local.

O comerciante Eurico Calabres, de 72 anos, mora ao lado da casa demolida. Está aliviado. “Eu já tive uns três padrões furtados por eles. Apesar da casa ter sido demolida, os moradores de rua já encontraram uma casa ao lado para ficar”, diz.

Outro comerciante dono de uma conveniência, de 35 anos, que não quer ser identificado, comentou que perdeu muitos clientes por conta da movimentação dos dependentes químicos. “Nunca fui roubado, mas a presença deles afetava o comércio”.

Histórico - Conforme apurado pela reportagem, o imóvel avaliado em R$ 490 mil foi invadido por dependentes químicos no final de 2022. O dono não mora em Campo Grande e tenta vender o terreno, que é comercial, por R$ 350 mil.

Indagada sobre a atenção aos dependentes químicos em situação de rua na Capital, a SAS (Secretaria Municipal de Assistência Social) respondeu por meio de nota que são feitos todos os dias atendimento à população de rua nas sete regiões da Capital.

"As equipes buscam sensibilizar a pessoa abordada sobre o risco social que se encontra, oferecendo o acolhimento institucional ou encaminhamento para tratamento da dependência química em Comunidades Terapêuticas".  Segundo a secretaria, existem 11 comunidades, vinculadas à pasta, que dispõem de 300 vagas para tratamento da dependência química, porém o abordado tem por opção aceitar ou não o acolhimento.

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