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Capital

Moradores da Vila Progresso fecham rua e protestam contra prefeitura

Luciana Brazil e Zana Zaidan | 23/11/2013 12:24
Moradores protestam contra falta de asfalto e área cheia de entulho. (Fotos:João Garrigó)
Moradores protestam contra falta de asfalto e área cheia de entulho. (Fotos:João Garrigó)
Reportagem flagra carro da Brookfield despejando lixo na área.
Reportagem flagra carro da Brookfield despejando lixo na área.

Cerca de 30 moradores fizeram uma barricada na manhã de hoje (23), na Vila Progresso, em Campo Grande, em protesto contra falta do asfalto em um trecho da Rua Aguiar Pereira de Souza. Eles impediram o trânsito de veículos e criticavam a atuação da prefeitura.

Além do asfalto, o entulho despejado em uma área, na mesma rua, também foi motivo de protesto. Hoje pela manhã, o trânsito foi fechado na Rua Aguiar Pereira entre a Via Morena e a Rua Mangueira.

Os moradores exigiam a atuação da Seintrha (Secretaria Municipal de Infraestrutura, Transporte e Habitação) e da Semadur (Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Desenvolvimento Urbano) para a resolução dos problemas.

O despejo de entulho e falta de asfalto, conforme os moradores, começou depois de iniciada a construção de um prédio da empresa Brookfiled.

A empresa Pactual Engenharia e Arquitetura é responsável pela construção  do prédio. Para instalar a tubulação de esgoto do edifício, a empresa retirou, em março, o asfalto da rua e só recolou parte dele, segundo os moradores.

Conforme relatos, a prefeitura não teria disponibilizado o restante do recurso para a empresa terminar de asfaltar a via. Com isso, o trecho ficou esburacado, cheio de pedras e com muito barro. Porta de entrada para o bairro Vila Progresso, a rua ficou quase intransitável.

Outro problema é o entulho despejado em uma grande área que fica na mesma rua. Hoje pela manhã, a reportagem do Campo Grande News flagrou uma caminhonete da empresa Brookfield despejando entulho no local.

Os funcionários da empresa, que não quiseram se identificar, disseram que estavam autorizados a jogar o entulho da construção no local.

Reclamações: “Isso virou um segundo lixão de Campo Grande. Toda hora jogam entulho. No começo, era pior, porque agora a obra está quase pronta”, lembrou Juliana da Silva, 70 anos, moradora do bairro há 50 anos.

O proprietário de um lava-jato e também uma oficina, Jeferson Oliveira João, 36 anos, conta que o comércio foi muito prejudicado com a atual situação da rua. Dos 10 funcionários, Jeferson ficou com apenas dois.

“Ninguém consegue acessar a via e o lava-jato ficou esquecido. Os clientes sumiram. Além disso, com o entulho, com a sujeira, a gente lava os carros e fica tudo sujo e os clientes reclamam. Isso daqui acabou e está esquecido”, lamentou.

O presidente da Associação dos Moradores, Valdenir Pael, disse que já mandou dois ofícios, para Seintrha e para Semadur, e já entrou em contato com a Ouvidoria da prefeitura solicitando providências, sem sucesso.

A intenção, segundo ele, é que as secretarias se responsabilizem pelo asfalto e plo entulho, seja com fiscalização, seja com limpeza.

Placas de protesto ironizavam a prefeitura.
Placas de protesto ironizavam a prefeitura.
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