ACOMPANHE-NOS     Campo Grande News no Facebook Campo Grande News no Twitter Campo Grande News no Instagram
ABRIL, SÁBADO  20    CAMPO GRANDE 20º

Capital

Motociclista nega racha com amigo de infância, mas admite alta velocidade

Ricardo Campos Jr. | 27/01/2015 15:53
Moto de André danificada (Foto: Alcides Neto)
Moto de André danificada (Foto: Alcides Neto)
André sendo atendido pelos bombeiros no dia do acidente (Foto: Simão Nogueira)
André sendo atendido pelos bombeiros no dia do acidente (Foto: Simão Nogueira)

Ferido no acidente entre duas motos e um Gol no sábado (24), na avenida Gury Marques, o técnico de informática André Luiz José Gomes Lopes, 24 anos, recebeu alta e se recupera em casa. Em entrevista ao Campo Grande News nesta terça-feira (27), atribui a batida a uma fatalidade e nega que tenha ocorrido durante racha entre ele e o amigo de infância Marcos Ferreira dos Santos, 30 anos, conforme versão contada por uma testemunha. Ele confirmou que ambos estavam em alta velocidade, a 90 quilômetros por hora, enquanto a máxima permitida na avenida é de 60 km/h.

Santos, que trabalha como mecânico, segue internado em estado grave na UTI da Santa Casa. O automóvel era guiado por Wellison Diego Pacheco Mendes, 26, acompanhado pela mulher e o filho pequeno. Nenhum deles se feriu.

André relata que estava indo almoçar com o amigo em um posto de combustível. Cada um deles pilotava uma moto pela pista da esquerda. “Estávamos a uns 90 quilômetros por hora e eu ia na frente”, relata o técnico de informática, negando que ele e Marcos estavam emparelhados.

Enquanto isso, segundo ele, o Gol ocupava parte da pista do meio e parte da pista da esquerda. O técnico em informática conta que ia ultrapassar o veículo quando o motorista fez uma conversão para retorno e o atingiu. André diz que não foi uma pancada forte, mas o fez perder o controle da direção.

Em seguida, ainda na versão de André, o condutor do Gol se assustou com o impacto e jogou o veículo novamente para a avenida, momento em que Marcos o atingiu na traseira, foi lançado da moto e bateu contra uma árvore.

“O motorista tentou desviar de mim. Se ele tivesse continuado a fazer o retorno e não tivesse voltado para a pista, eu teria morrido“, diz. Após os impactos, os três veículos foram parar no canteiro.

“Foi uma fatalidade. O motorista, por não ter visto e por ter feito o retorno e nós porque estávamos rápido. Cada um teve sua parcela de culpa”, afirma. Ao Campo Grande News no dia do acidente, Welinson afirmou que sequer chegou a visualizar os motociclistas pelo retrovisor e apenas sentiu o impacto.

O motorista Michel Luiz, 30 anos, disse que estava atrás das motos e viu o acidente. Contou que as motos estavam em alta velocidade, aparentemente tirando racha, e acabaram encostando, momento em que perderam o controle da direção e atingiram o veículo. “É mentira. Se estivéssemos disputando um racha, não teria sobrado nenhum de nós”, contesta André.

Mesmo conhecendo o mecânico desde criança, o técnico de informática diz que não sabe do estado de saúde do colega, diz apenas que a família dele está muito abalada. O acidente lhe rendeu fratura no joelho, lesão na lombar, luxação em uma das costelas, escoriações nas costas e nos ombros. Sem conseguir andar por causa da dor, está acamado, impossibilitado de trabalhar.

“Não consigo mexer nenhuma parte do meu corpo. O médico disse que vão ser pelo menos 30 dias para tirar os pontos. Complicou tudo. Vou ficar dependendo dos outros”. A moto não chegou a dar perda total e calcula prejuízo de R$ 12 mil. André relata que estava fechando a venda do veículo. “O comprador me ligou domingo, eu estava no hospital. Falei para ele ver o jornal e então soube do ocorrido”.

Nos siga no Google Notícias