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Capital

Na academia que formou 'Coreia', lema é garantir a preservação da vida

Paulo Nonato de Souza | 04/01/2017 17:40
Primeira turma de formandos da Academia Nacional da PRF, em 2014 (Foto: Facebook)
Primeira turma de formandos da Academia Nacional da PRF, em 2014 (Foto: Facebook)

Treinamento e capacitação dos policiais rodoviários federais no processo de consolidação da PRF como polícia cidadã, com formação e qualificação na fiscalização de trânsito, mas também em técnicas de abordagem e direitos humanos.

Pelo que propõe o curso da ANPRF (Academia Nacional da Polícia Rodoviária Federal), com sede no bairro de Vargem Pequena, em Florianópolis, Santa Catarina, e que desde a sua inauguração, em 7 de março de 2014, concentra a capacitação e qualificação de policiais rodoviários de todo o Brasil e até do exterior, fatos trágicos como a morte do empresário Adriano Correia do Nascimento, de 33 anos, ao ser atingido por tiros disparados pelo policial rodoviário federal, Ricardo Hyun Su Moon, na madrugada do ultimo sábado, dia 31, jamais aconteceriam.

Criada para ser um espaço de formação de agentes para atuar na segurança da Copa do Mundo de 2014, realizada no Brasil, a academia foi idealizada para revolucionar a formação dos profissionais de segurança pública no país. São 34 salas de aula, pistas de corrida e de treinamento em direção veicular, estande de tiros e 40 disciplinas, que vão além da fiscalização de trânsito, e incluem até técnicas de abordagem, relações humanas e direitos humanos.

Até mesmo o juramento adotado pela PRF para os novos formandos na academia, em vigor desde 2014, sinaliza para uma polícia rodoviária federal cidadã. Diz que “…ainda que riscos eu tenha de enfrentar, honrarei meu dever de garantir a segurança e a preservação da vida”. Infelizmente, parece não ter sido o que aconteceu no episódio envolvendo o policial Ricardo Hyun Su Moon.

O curso com carga horária de 760 horas e duração de três meses é a última fase do processo seletivo para o ingresso na carreira de policial rodoviário federal. A primeira turma da Academia Nacional da Policial Rodoviária Federal, em Florianópolis, teve 1.169 formandos, número considerado recorde em 85 anos de história da PRF.

Conforme relato do coordenador de ensino e primeiro diretor da ANPRF, Bruno Schettini, no site da instituição, a academia pode capacitar até 1.200 alunos por curso, seu limite máximo.

Colegas do policial Ricardo Hyun Su Moon, que entrou para a PRF em junho de 2016, revelaram que ele, apelidado de 'Coreia', fez o curso em Florianópolis, onde se destacou pela habilidade com armas. Desde terça-feira (3) o Campo Grande News tenta, sem sucesso, uma entrevista com a coordenação do curso de formação da PRF, mas não houve retorno nem mesmo para as perguntas enviadas por e-mail.

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