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Capital

Na Capital, 2º pico da covid infecta mais, mas mortes ainda não foram superadas

Medidas restritivas como o toque de recolher não impactaram números da covid; Sesau diz que ainda não há como observar alteração

Guilherme Correia | 21/12/2020 10:20
Pessoas caminham no centro de Campo Grande (Foto: Marcos Maluf/Arquivo)
Pessoas caminham no centro de Campo Grande (Foto: Marcos Maluf/Arquivo)

Mesmo que a "primeira onda" nunca tenha acabado totalmente em Campo Grande, é visível que houve um novo crescimento de casos a partir de 10 de novembro, que já supera o primeiro pico verificado em agosto e setembro.

Levantamento feito pelo Campo Grande News, com base em dados do Ministério da Saúde, confirma que novembro e dezembro têm sido meses com muito mais confirmações de casos de covid-19 na Capital, enquanto as mortes não superaram o primeiro "pico" verificado entre agosto e setembro.

A maior média móvel (de sete em sete dias) de novos infectados foi registrada na última segunda-feira (14), quando, em média, mais de 622 campo-grandenses contraíam o coronavírus por dia.

O maior índice do "primeiro pico" se deu em 15 de setembro, quando havia média de 461 casos por dia - mas esse indicador já foi superado em outras 20 datas no fim de novembro e dezembro.

(Veja o gráfico de crescimento de casos de covid-19 em Campo Grande, clique na legenda para filtrar)

Mortes por coronavírus - O número de mortes também apresentou um novo crescimento, a partir de 20 de novembro - de quase 800%, já que era 1,3 mortes/dia nessa data, e em 14 de dezembro eram 8,86 óbitos diários.

Mesmo assim, a média móvel de vítimas não chegou a ser maior do que a verificada em 28 de agosto (9,43), 1º de setembro (9,14) e 15 de setembro (9).

(Veja o gráfico de crescimento de mortes de covid-19 em Campo Grande, clique na legenda para filtrar)

Medidas restritivas - Em 15 de outubro, quando o toque de recolher foi extinguido na Capital, a cidade registrava 148 casos por dia e 4,3 vítimas em média. 14 dias depois, período de incubação do vírus e potencial diagnóstico de novas vítimas, eram 156 casos diários - aumento de quase 5% - mas eram 3 mortes por dia, índice mais de 25% inferior.

Não foi somente na interrupção dessa medida que a quantidade de óbitos e casos não tiveram alterações evidentes. Quando o toque de recolher voltou a ser implantando nas ruas de Campo Grande, ambos os índices cresceram - ou seja, mais pessoas foram ficando doentes ou morrendo da doença.

Já em relação a internações, com base em dados do painel Mais Saúde, a média era de 178 internados por dia em leitos de UTI (Unidade de Terapia Intensiva) em 15 de outubro, apenas em leitos não destinados exclusivamente a casos de covid-19.

Sete dias depois, esse número teve crescimento de aproximadamente 45%, mas voltou a ter redução, ficando em aproximadamente 160 internados/dia. Quando o toque de recolher voltou, em 25 de novembro, eram 233 internados por dia - número que teve redução de aproximadamente 6% sete dias depois, e desde então tem reduzido.


Procurada, a assessoria de imprensa da Sesau (Secretaria Municipal de Saúde) informa que realiza uma avaliação das confirmações de novos casos positivos na cidade, com o propósito de avaliar os próximos passos a serem tomados perante à pandemia - adoção de medidas mais restritivas ou a manutenção daquelas em vigor.

Quando questionada sobre se as medidas que têm sido tomadas no combate e prevenção são eficazes de fato, a pasta afirmou que por estarem vigentes "há pouco tempo, ainda só é possível observar uma discreta melhora em relação ao número de confirmações".

"Contudo, os dados de internações necessitam de um período mais prolongado dessas medidas para haver algum impacto. Portanto, não há como observar, ainda, uma alteração evidente devido tais medidas", diz nota enviada à reportagem.

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