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Capital

No Jd. Panamá, mato e "despachos" invadem praças e revoltam moradores

Filipe Prado | 19/10/2014 09:22
O mato invadiu as praças em quatro meses sem manutenção (Foto: Marcelo Calazans)
O mato invadiu as praças em quatro meses sem manutenção (Foto: Marcelo Calazans)

O abandono de praças já virou rotina em vários bairros de Campo Grande. No Jardim Panamá, duas praças não passam por manutenção há pelo menos quatro meses. Hoje estão tomadas pelo matagal, virando até locais de oferendas para santos da Umbanda, conhecidos como despachos.

No cruzamento da Rua Sagarana com a Lenis Flores Bergozi, está a primeira praça do bairro. A pista de caminhada, os bancos estão em meio ao mato, que já tomou conta de todo o local. A manutenção foi feita somente duas vezes, após o prefeito Gilmar Olarte (PP) assumir a administração.

“Antes nós não conseguíamos ver os carros do outro lado da rua, limparam, mas hoje, infelizmente, a praça está voltando a ser como era antes”, comenta a dona de casa Beth Gomes, 48 anos.

Ela mora há nove anos no bairro e revela que muita coisa mudou, já que a praça é muito antiga, inaugurada em 2003. “Faz tempo que ela abandonada”, alerta.

Outra dona de casa, Massako, 65, que não quis revelar o nome completo, diz que “os moradores arrumaram a praça e ficou bonitinha”, mas a prefeitura acabou não realizando as manutenções e limpezas. “Acho isso um descaso”, desabafa.

A única lixeira existente, foi depredada (Foto: Marcelo Calazans)
A única lixeira existente, foi depredada (Foto: Marcelo Calazans)
Abandonadas, as praças viraram pontos de despacho (Foto: Marcelo Calazans)
Abandonadas, as praças viraram pontos de despacho (Foto: Marcelo Calazans)

Morando em frente à praça, ela acompanha todas as manutenções e limpezas do local e afirma que foram feitas somente duas, sendo que há quatro meses nada acontece.

Algumas quadras a frente, no cruzamento com a Rua Lenis Flores Bergozi, outra praça virou motivo de reclamação dos moradores. No local há pontos que variam entre o mato alto e até sem nenhuma vegetação. A falta de lixeiras também são problemas citados pelo técnico em radiologia Weber Junior, 42, já que na praça há somente uma lixeira e ela foi depredada. “É ruim, a gente não pode aproveitar. Sem lixeiras, a sujeira vai acumulando aqui”, comenta Weber.

Ele critica a administração municipal e compara a do ex-prefeito Alcides Bernal (PP). “Está a mesma coisa. As obras ainda estão paradas e o prefeito só está administrando. Não fez nada de novo”, assegura.

O cabeleireiro Nilson Prates, 32, sugeriu mudanças nas praças, como patrulhamento e iluminação. “Acho que a prefeitura deveria dar uma maior atenção para estas praças. Colocar brinquedos ou algo para recreação aqui”, aponta. “Caiu em descaso e agora está do mesmo jeito”, completa o cabeleireiro.

Para o gerente Wagner Polido, 41, a solução não demanda muito trabalho. Ele defende uma saída radical contra o matagal. "O mato está alto, mas acho que se passarem veneno, já resolve".

O Campo Grande News entrou em contato com a Seintrha (Secretaria Municipal de Infraestrutura, Transporte e Habitação). A assessoria de imprensa da prefeitura garantiu que uma equipe será descolada à praça para fazer uma avaliação. O problema de iluminação pode ser revertido ainda esta semana, segundo a assessoria.

A limpeza da praça foi inserida na programação da prefeitura e deve ocorrer daqui 10 ou 15 dias.

No cruzamento com a Rua Lenir Flores Bergozi, a praça possui locais com mato alto (Foto: Marcelo Calazans)
No cruzamento com a Rua Lenir Flores Bergozi, a praça possui locais com mato alto (Foto: Marcelo Calazans)
E também locais com pouca vegetação (Foto: Marcelo Calazans)
E também locais com pouca vegetação (Foto: Marcelo Calazans)
A praça, no cruzamento com a Rua Jacunda, foi inaugurada em 2003 e agora está abandonada (Foto: Marcelo Calazans)
A praça, no cruzamento com a Rua Jacunda, foi inaugurada em 2003 e agora está abandonada (Foto: Marcelo Calazans)
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