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Capital

Novo equipamento reduzirá pela metade do tempo o diagnóstico de Leishmaniose

Resultado variava de 10 a 14 dias para ser obtido, agora, será possível reduzir para sete dias

Marcos Tenório | 27/10/2022 19:34
Novo equipamento reduzirá pela metade do tempo o diagnóstico de Leishmaniose

Novo equipamento para realização de exames de Leishmaniose Visceral Canina (LVC) foi adquirido pelo Laboratório de Imunologia do Centro de Controle de Zoonoses de Campo Grande (CCZ), fazendo a ampliação dos atendimentos. O confirmatório é feito por meio da técnica de Enzyme Linked Immunosorbent Assay (ELISA), que permite a detecção de anticorpos no plasma sanguíneo, o antileishmania.

Com a aquisição desse aparelho, o tempo de espera pelo resultado será reduzido e a capacidade de processamento ampliada. Quem for realizar o exame no CCZ não terá que arcar com nenhum valor, pois o serviço é oferecido gratuitamente pelo órgão para a população.

José Mauro Filho, Secretário Municipal de Saúde, acredita que será possível reduzir em no mínimo 30% o tempo de espera pelo resultado do exame da Leishmaniose. O resultado variava de 10 a 14 dias para ser obtido, agora, será possível reduzir para sete dias.

“A amostra era recebida aqui e precisava ser encaminhada para o laboratório do Estado (Lacen) para ser processada, o que aumentava o tempo de espera. Agora todo o processo será feito no próprio CCZ, o que nos dará mais autonomia e agilidade neste processo. É mais uma conquista para a Saúde Pública do nosso Município, considerando que a leishmaniose é grave e a testagem é importante para nos dar um parâmetro quanto a prevalência da doença, possibilitando assim estabelecer estratégias de enfrentamento”, ressalta José Mauro, ao visitar o laboratório na tarde desta quinta-feira (27).

O CCZ realiza em média 4 mil exames de leishmaniose por dia, entre o teste rápido e o ELISA. O equipamento adquirido pelo Município tem capacidade para processar mais de 400 testes por dia, caso seja necessário.

Para o dono do animal que realizou o exame e o teste sanguíneo deu positivo para leishmaniose, o tutor poderá optar em realizar o tratamento, sendo necessário assinar um termo de responsabilidade que encaminhará o cão à uma clínica veterinária.

Casos - Somente neste ano, até julho, foram confirmados 4 casos de leishmaniose tegumentar e 16 de leishmaniose visceral em humanos em Campo Grande. A doença é de difícil tratamento, sendo que o paciente pode evoluir para óbito.

Entre os cães, no primeiro semestre deste ano, dos exames realizados, um total de 259 foram reagentes para leishmaniose, uma positividade de 33,16%.

A principal forma de prevenção à Leishmaniose é evitar a proliferação do mosquito flebotomíneo, conhecido como palha. É necessário evitar o acúmulo de matéria orgânica, como resto de frutas, folhas, entre outros, tornando o ambiente propício para a presença do mosquito.

Segundo a coordenadora do CCZ, Juliana Rezende, além do encoleiramento dos animais, as equipes também fazem a coleta de sangue que será analisada posteriormente para verificar a prevalência da doença.

Conforme preconizado pelo Ministério da Saúde, a primeira etapa será realizada com todos os cães com idade igual ou superior a três meses juntamente com a coleta de sangue do animal. A partir da primeira substituição das coleiras, ela só será feita se o resultado do exame for negativo.

Os critérios para realização do projeto nestas três áreas são, além da vulnerabilidade socioeconômica, a ocorrência frequente de condições favoráveis à procriação do flebótomo – o mosquito palha -, a taxa de positividade canina e o número de episódios em humanos em Incidência em Campo Grande.

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