Obra em condomínio deixa tela frouxa e cachorro morre ao cair do 12º andar
Moradora afirma que não foi avisada sobre alteração na tela da sacada durante obra de pintura no condomínio
A arquiteta Juliana da Cruz Bandeira, de 46 anos, enfrenta dias de luto após a morte de seu cachorro Bolt, um spitz alemão de 6 anos que caiu do 12º andar do apartamento onde vivia com a família, na Rua 15 de Novembro, no Centro de Campo Grande. O acidente aconteceu na noite de terça-feira (14).
RESUMO
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Um cachorro da raça spitz alemão morreu após cair do 12º andar de um prédio no Centro de Campo Grande. O acidente ocorreu quando uma tela de proteção foi afrouxada durante obras de pintura no edifício, sem aviso prévio aos moradores. Bolt, de 6 anos, pertencia à filha da arquiteta Juliana da Cruz Bandeira. O animal costumava ficar na sacada do apartamento, local que a família chamava de "Fuxico". A proprietária descobriu a tragédia ao procurar pelo pet, encontrando-o sem vida no térreo do edifício.
Segundo Juliana, há alguns dias uma empresa contratada pelo condomínio realiza serviços de pintura no prédio. Os moradores foram informados de que as telas das janelas seriam retiradas para a obra, mas, segundo ela, não houve aviso sobre a tela da sacada.
“Por volta das 19h, cheguei em casa e, como sempre, o Bolt fez muita festa. Ele gostava de ficar na sacada, o lugarzinho dele, que eu chamava de ‘Fuxico’. Tinha um sofá e ele adorava olhar o movimento da rua”, contou emocionada.
A moradora afirma que os pintores não retiraram a tela da sacada, apenas a afrouxaram, e que ela não tinha como perceber o problema. “Deixei o Bolt no cantinho dele, como de costume, e fui fazer minhas coisas. Quando fui procurá-lo, não achei e o desespero começou”, relatou. Vídeo abaixo mostra a tela de proteção frouxa no apartamento onde ocorreu o incidente.
Juliana lembra que chegou a procurar o cachorro pelos cômodos do apartamento antes de perceber o que havia acontecido. “Desci e o vi no chão. Ele estava morto, caiu rente à parede. Peguei no colo, mas não tinha mais vida”, disse chorando.
Segundo ela, moradores do prédio tentaram acalmá-la. “Bolt era muito querido, alegrava todo mundo. Quando minhas amigas iam ao hospital ao lado do residencial, tiravam fotos dele na sacada e mandavam pra mim dizendo que só o Bolt mesmo para animar o dia”.
A arquiteta lamenta a tragédia e faz um alerta: “Poderia ter acontecido com uma criança. Não havia aviso de que a tela estava frouxa. Se tivessem tirado, eu teria percebido. Quero que isso sirva de alerta para as empresas que prestam serviços em condomínios: se tirarem a tela, coloquem de volta; se afrouxarem, arrumem na hora. Não dá para deixar para o outro dia. Pode acontecer uma tragédia maior.”
Ainda segundo Juliana, essa era a rotina diária de Bolt, o xodó da família. “Assim que chegávamos em casa, ele já pedia para ir para a sacada. A casa está muito triste sem ele”. A arquiteta explica que o cachorro pertencia à sua filha, de 16 anos, que está viajando e recebeu a notícia da morte do animal enquanto estava fora. “Ela ainda não chegou”, contou, emocionada.
A reportagem entrou em contato com o síndico do condomínio para saber se houve alguma orientação aos moradores antes e depois do início da obra e aguarda retorno.
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