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Capital

Oficial admite falta de estrutura para atender 2 incêndios e equipe menor

Nyelder Rodrigues e Francisco Junior | 07/05/2013 22:30
Reunião já estava agendada para acontecer está noite na Capital (Foto: João Garrigó)
Reunião já estava agendada para acontecer está noite na Capital (Foto: João Garrigó)

O incêndio no Planeta Real, que ficou totalmente destruído, marcou a reunião sobre a estrutura de combate ao fogo no Centro de CampO Grande durante reunião, hoje à noite, do Conselho Regional da Região Urbana do Centro. A reunião, na sede da Planurb, já estava marcada antes do incêndio na loja Planeta Real, esta tarde.

Entre os presentes, estavam representantes do OAB (Ordem dos Advogados do Brasil), Crea (Conselho Regional de Engenharia e Agronomia), CAU (Conselho de Arquitetura e Urbanismo), setores da saúde, entre outros.

Um dos participantes foi o tenente-coronel Hudson Faria, comandante do quartel do Parque dos Poderes, que falou sobre o incêndio desta terça (7) e estrutura atual, em geral, do Corpo de Bombeiros em Campo Grande.

Segundo Hudson, a escada magirus usada nos combates a grandes incêndios é do ano de 1970, e o trabalho dos bombeiros é feito dentro do possível. Perguntado sobre a hipótese de dois incêndios da mesma proporção, como o de hoje, ao mesmo tempo, o tenente-coronel respondeu que não seria possível fazer o atendimento. “Aí ferrou”, resumiu.

Ele ainda contou que todas as 12 viaturas de combate a incêndio da Capital foram até o Planeta Real ajudar a controlar o fogo. Além disso, ele explicou que quando ingressou no Corpo de Bombeiros, por volta do ano 2000, havia um efetivo de 1,5 mil homens em Campo Grande, enquanto atualmente há 1,3 mil.

Para o oficial, este efetivo reduzido é o maior problema atual do Corpo de Bombeiros, já que a atual demanda de atendimentos é muito grande se comparada ao tamanho da corporação. “Os militares fazem o que podem, com o que tem. Demoram até 20, 30 minutos, mas vão”, comentou.

Hudson finalizou acrescentando que apenas os quartéis do Coronel Antonino, Moreninhas e Área Central contou com equipamentos completos, e que outras áreas populosas, como região oeste da cidade, que tem como principal via a Julio de Castilho, precisam também de um quartel dos Bombeiros.

Já o presidente do conselho, João Eulógio Barbosa de Matos, que está há 10 anos no conselho, afirmou que o debate sobre melhorias na estrutura e atendimento do Corpo de Bombeiros é antiga.

João foi crítico ao afirmar que a atual estrutura dos Bombeiros está sucateada, sendo necessário um planejamento a partir de um centro estratégico operacional, que seria comandado pela Defesa Civil, entidade a qual ele afirmou servir apenas “para desfilar em datas comemorativas porque não tem atuação em Campo Grande”.

Outra iniciativa que o conselho apontou para ser realizada é a criação de brigadas civis contra incêndio, onde pessoas em escolas, hospitais, universidades, entre outros locais, seriam treinadas para agir inicialmente, até a chegada do resgate e salvamento.

O tenente-coronel Hudson Faria concordou com a ideia, e afirmou que o quartel do Porque dos Poderes está de portas abertas para treinar brigadas, sendo necessária antes solicitação através de ofício.

Uma fiscalização nas lojas da região central, já que se acredita que as lojas vizinhas também não estariam preparadas para conter um incêndio caso ele passasse da Planeta Real para elas, ou mesmo começassem em seu interior.

O Conselho Regional da Região Urbana do Centro tem como papel fiscalizar o andamento dos recursos e aplicação deles, além de cobrar medidas e também dar ideias que beneficiem a região central da Capital.

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