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Capital

Oito vítimas de estelionatário do táxi já procuraram a Polícia

Paula Vitorino | 28/03/2012 13:03
Estelionátário está preso na 1ª Delegacia de Polícia Civil. (Foto: Paula Vitorino)
Estelionátário está preso na 1ª Delegacia de Polícia Civil. (Foto: Paula Vitorino)

Oito vítimas do estelionatário Bryan Correia Pulguério, 22 anos, que se apresentava como “Anderson Andrade Correia Puccinelli”, já procuraram a Polícia Civil até a manhã desta quarta-feira (28). De acordo com o delegado Wellington de Oliveira, os golpes aplicados, contabilizando as “promessas” feitas às vítimas, ultrapassam o valor de R$ 500 mil.

Mas o delegado ressalta que o número de vítimas ainda pode aumentar com a divulgação do estelionatário na mídia. “Todos os casos estão sendo investigados”, diz.

Bryan foi preso ontem em frente ao prédio da Prefeitura, quando se preparava para encontrar outras vítimas, uma estudante de 33 anos e a amiga. Ele estava com o celular adquirido com golpe aplicado em um taxista, que perdeu mais de R$ 4 mil em janeiro deste ano.

Em entrevista ao Campo Grande News, Bryan ainda admitiu que aplicou golpes em outros três taxistas e 1 moto-taxista. Questionado se tinha preferência pelos profissionais, Bryan tentou se justificar dizendo que sempre precisava pegar táxis para resolver problemas, mas que depois não tinha dinheiro para pagar a corrida e aplicava os golpes.

Na ocasião do golpe em janeiro, o estelionatário simulou um depósito na conta do taxista em troca da vítima comprar um notebook e um celular, no valor de R$ 4 mil. Além dos produtos, o taxista diz que Bryan furtou R$ 80 e um celular que estavam no táxi.

“Gostaria de reaver pelo menos os produtos que comprei em meu nome. Não tenho dinheiro para pagar essa conta e vou acabar tendo o nome sujo por conta de uma dívida que não é minha, é de um bandido”, diz.

O taxista alerta que se deixou levar pela conversa envolvente e boa imagem do estelionatário. “Quem vai desconfiar de um rapaz vestido bem, que conversa bem?”, diz. Ele também afirma que já conhecia o rapaz de vista do ponto de táxi.

Mentiras - Já no golpe que Bryan se preparava para aplicar quando foi preso, uma das vítimas, de 33 anos, conta que conheceu o estelionatário por conta de uma oferta de emprego. Ele ligou para uma amiga da vítima, se identificando como um ex-colega de trabalho e pedindo indicação de pessoas que pudessem trabalhar com ele durante campanha política para vereador.

“Eu estava desempregada, então entrei em contato e ele ofereceu R$ 4 mil de salário para trabalhar como assessora dele e também pediu que indicasse uma amiga”, diz.

Com a promessa de serem contratadas, as duas amigas forneceram dados pessoais e visitaram cartórios, Prefeitura e Fórum com o golpista. Ela diz que ele demonstrava ser uma pessoa influência, afirmando ser sobrinho do governador André Puccinelli.

“Ele andou com a gente durante toda a segunda-feira. Fomos a vários lugares e ele se mostrava amigos de autoridades e dizia que seria candidato a vereador, com apoio do prefeito e governador”, diz.

A vítima, estudante de enfermagem, e a amiga, começaram a desconfiar quando o estelionatário prometeu comprar um veículo Cruise para elas trabalharem. Na manhã de hoje, ele tinha marcado encontro com elas em frente a Prefeitura, mas não apareceu.

Desconfiadas, as jovens perguntaram ao guarda do local se conheciam algum advogado com o nome de Anderson e que estavam desconfiadas de que se tratava de um estelionatário. O guarda mostrou a foto do rapaz que tinha sido publicada em jornal e as vítimas o reconheceram.

“Ele deve ter sido preso logo após ter deixado a gente na Prefeitura, na terça-feira. Viemos procurar a procurar a Polícia para esclarecer o que aconteceu”, diz.

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