Onde os ladrões atacam? Veja quantos furtos e roubos ocorreram no seu bairro
Mapa interativo revela endereços mais arriscados e áreas tranquilas de Campo Grande

O mapa da insegurança por Campo Grande mostra que o Centro é o campeão de furtos no primeiro semestre de 2025. Foram 859 casos. O segundo bairro com mais ocorrências é o Amambaí, no entorno da região central (225 registros). Já o terceiro fica na borda da cidade, no Bairro Aero Rancho, com 203 casos. Para você saber onde os ladrões atacam, o Campo Grande News produziu dois mapas interativos (veja abaixo), para que cada morador possa procurar números de furtos e assaltos por bairro.
RESUMO
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O Centro de Campo Grande lidera as estatísticas de criminalidade no primeiro semestre de 2025, com 859 furtos e 112 roubos registrados. O bairro Amambaí aparece em segundo lugar em furtos, com 225 casos, seguido pelo Aero Rancho, com 203 ocorrências. No ranking de roubos, após o Centro, destacam-se o bairro Universitário, com 25 casos, e o Jardim Noroeste, com 23 registros. A região central enfrenta um processo de esvaziamento comercial, agravado pela presença de aproximadamente 2,5 mil pessoas em situação de rua, segundo a Polícia Militar, embora dados oficiais apontem 1.097 pessoas nessa condição em toda a cidade.
Os 10 bairros com mais furtos são:
- Centro – 859
- Amambaí – 225
- Aero Rancho – 203
- Universitário – 188
- Jardim Noroeste – 127
- Guanandi – 125
- Tiradentes – 125
- Jardim Tijuca – 106
- Vila Planalto – 95
- Moreninha - 92
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Clicando no mapa abaixo, você consegue ver os números de furtos em 337 bairros e regiões de Campo Grande, basta aproximar usando o mouse:
No mapa da criminalidade, mas com enfoque no número de roubos (ação mais violenta, que inclui grave ameaça), o Centro também desponta como endereço do perigo. Foram 112 casos neste primeiro semestre do ano. O Universitário vem em segundo lugar, com 25 registros. O Jardim Noroeste ficou na terceira colocação, com 23 roubos.
Veja os 10 bairros com mais roubos:
- Centro – 112
- Universitário – 25
- Jardim Noroeste – 23
- Aero Rancho – 22
- Amambaí – 15
- Tiradentes – 13
- Mata do Jacinto – 11
- Jardim Tijuca – 9
- Nova Lima – 9
- Coophavila II – 8
Clicando no mapa abaixo, você consegue ver os números de roubos em 211 bairros e regiões de Campo Grande. Basta aproximar usando o mouse:

Um Centro em perigo - O Centro de Campo Grande, que já foi o ponto mais fervilhante da economia da cidade e acumula boas memórias da “época de ouro”, enfrenta o esvaziamento das atividades formais e de consumidores. Mas o espaço não ficou vazio. Surgem os dependentes químicos, que perambulam pela região, com um rastro de vulnerabilidade social e uma cadeia de pequenos furtos.
A PM fala em possibilidade de "colapso", com 2,5 mil andarilhos no Centro, apesar de estudo de março deste ano, apresentado pelo Ministério do Desenvolvimento Social, com base no CadÚnico, e do Observatório Brasileiro de Políticas Públicas, apontar oficialmente 1.097 pessoas em situação de rua em toda a cidade.
“Estamos cansados. Todo dia é furto, é loja arrombada, gente usando droga na porta dos comércios. A situação ficou insustentável”, reclamou a administradora Gleice Mirari, que cuida de três condomínios na região central. A declaração foi dada durante evento para debater problemas do Centro.
No entorno da região central, o bairro Amambaí tem um cenário que dita o ritmo da insegurança: a presença de drogas, usuários e tráfico. Mais antigo da cidade, centenário bairro tem até um dia só para si: primeiro de dezembro. O coreto, por exemplo, está na Praça Cuiabá desde 1930.
Conforme a edição 2024 do “Perfil Socieconômico de Campo Grande”, o Centro tem 9.001 moradores. Já o Bairro Amambaí conta com 5.918 habitantes. Os dados são do Censo 2022, do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).
Universitário testemunha escalada de crimes - Na Rua Pontalina, “coração” do Jardim Universitário, é só falar que o bairro foi o segundo colocado em número de roubos e o quarto no ranking de furtos para o interlocutor logo balançar a cabeça, confirmando o que informa a estatística.
“A polícia faz rondas, mas está tendo bastante furtos. Na madrugada, os ladrões invadem as lojas fechadas”, diz a comerciante Kelly Pereira, 32 anos.

Em frente da loja, ela teve que trocar a lâmpada por um refletor para dificultar a ação de ladrão, que não poupava nem uma mísera lâmpada. A Kelly Modas foi aberta há quatro anos.
Dona do Nattu Empório há quase quatro meses, Nayara de Paula, 25 anos, conta que investiu em dispositivos de segurança, caminho que vem sendo tomado por muitos comerciantes no bairro.
“Faz pouco tempo que abri a loja. Mas desde então, chega notícias de muitos furtos. Inclusive, aqui na galeria, foram dois furtos no mês que abri. Os furtos são de madrugada e os donos veem pelas câmeras. O engraçado é que sempre são as mesmas pessoas. Muitos lojistas colocaram alarme e câmeras”, diz.
Ela afirma que as imagens mostram que a ação é feita por um casal, que nem se preocupa em esconder o rosto. “Eles quebram o vidro para pegar um negocinho de nada, tipo um salgadinho no mercado”.

A comerciante Rosimeire Rodrigues, 52 anos, da loja Casa da Pimenta, relata que no bairro é comum ver as pessoas perambulando. “Gente que vem para Campo Grande, não consegue emprego, entra nas lojas e furta. No começo do mês, em uma semana só, três lojas foram invadidas aqui na Pontalina, que é a principal do bairro”.
Divisa entre o Santo Eugênio e o Jardim Universitário, a Rua Pontalina se destaca pela diversidade de lojas e serviços. O Universitário tem 22.611 habitantes, sendo um dos mais populosos da Capital.
Muita morte, pouco roubo - No mapa das ocorrências de roubos e furtos, a Vila Nhanhá fica atrás, por exemplo, do Monte Castelo. Robustecendo a tese da “paz da fronteira”. Nesta máxima, onde impera tráfico de drogas há menos casos de crimes contra o patrimônio das pessoas.
Contudo, na Nhanhá, primeiro bairro alvo de “pacificação” da PM (Polícia Militar), nos idos de 2011, quando aportaram 300 policiais numa investida contra o tráfico de drogas, teve bala pala todo lado em 2025.
Nos sete primeiros meses do ano, foram registrados quatro assassinatos e duas tentativas de homicídio na Vila Nhanhá, a “cracolândia” de Campo Grande. Duas mortes foram em confronto com a polícia.
O bairro, onde reina geografia das vielas, já teve até uma região que foi batizada pelos moradores de “campinho da morte”. De acordo com os dados obtidos pela reportagem, a Vila Nhanhá registrou 7 roubos e 82 furtos no primeiro semestre de 2025. No Monte Castelo, os dados deste ano são de 8 roubos e 87 furtos.
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