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Capital

Pichador suja bairro, dá prejuízo ao comércio e ataca até carros

Aliny Mary Dias | 16/06/2014 10:52
Renato tem comércio há 1 ano no bairro e já amarga prejuízos (Foto: Marcos Ermínio)
Renato tem comércio há 1 ano no bairro e já amarga prejuízos (Foto: Marcos Ermínio)

O motivo das reclamações não é novidade. Há dois anos os moradores das Moreninhas I e II e, principalmente, os comerciantes convivem com as pichações que sujam a imagem do bairro. Apesar do problema persistir há algum tempo, nos últimos meses a situação ficou tão grave que empresários têm amargado prejuízos em razão dos rabiscos ilegais. Até veículos estão sendo atacados pelos vândalos.

Há 1 ano, o comerciante Renato Mohr, 24 anos, decidiu investir no bairro. Ele alugou uma sala na galeria de lojas situada na Rua Palmácia, uma das principais do comércio da região. A galeria, que também abriga uma agência do banco Bradesco, é um dos alvos dos pichadores.

Cansados de pintar e ver tudo sujo em poucos dias, os empresários apelaram para câmeras de segurança e ligações constantes para a Polícia Militar, o que não colocou fim ao problema. “A gente pinta e em poucos dias tá tudo pichado de novo. Eu já liguei várias vezes para a polícia, mas eles falam que são menores de idade e que não podem fazer nada, mas pelo menos se tivesse um policiamento na madrugada poderia ajudar”, conta o empresário.

E a imagem de um lugar sujo e mal cuidado, resultados da pichação, interfere nas vendas. Renato diz que já foi possível sentir no bolso a queda nas vendas. “Nosso comércio fica desvalorizado, as pessoas preferem nem entrar aqui e muitos já tiveram prejuízos”, diz.

Todo lugar é alvo dos pichadores (Foto: Marcos Ermínio)
Todo lugar é alvo dos pichadores (Foto: Marcos Ermínio)

Se a situação é ruim para comerciantes de qualquer ramo, imagina para quem comercializa alimentos. A dona de uma casa de bolos situada na mesma rua, Marileia Maciel, 40 anos, não poupa críticas à ação dos pichadores.

“Eu já pintei tantas vezes meu muro que perdi as contas. A gente se revolta porque gastamos de R$ 300 a R$ 400 cada vez e no outro dia está tudo pichado de novo. Se a polícia passasse por aqui na madrugada poderia inibir a ação deles”, conta.

E não são só os comércios que sofrem com os vândalos, até a sede da Associação de Moradores do bairro é alvo. O lugar já foi tantas vezes pichado que da última vez os pichadores não esperaram nem a nova pintura ser finalizada e sujaram tudo.

“Só esse ano já pintamos quatro vezes. Dessa vez resolvemos tirar o branco e pintar de verde, mas nem esperaram a gente terminar a última parede e rabiscaram tudo. É uma situação muito complicada porque os moradores reclamam para a gente e tudo isso deixa o bairro feio”, conta a secretária da associação, Raquel Mendonça, 40 anos.

Muro de agência do Banco do Brasil foi pichado várias vezes (Foto: Marcos Ermínio)
Muro de agência do Banco do Brasil foi pichado várias vezes (Foto: Marcos Ermínio)

Até a agência bancária do Banco do Brasil, situada na Rua Friburgo, virou painel ao ar livre. A gerente Elenice Inês explica que já cansou de solicitar orçamentos à sede do banco para pintar o local. “Os clientes reclamam porque têm medo de vir ao banco de noite porque várias pessoas ficam aqui e a imagem da empresa é afetada”, diz.

E a ousadia dos pichadores é tamanha que até carros foram alvo dos rabiscos nos últimos meses. A suspeita dos moradores e empresários é que a pichação seja obra de adolescentes que se aglomeram em pontos do bairro para andar de skate e consumir bebidas alcoólicas durante a madrugada.

Policiamento – Em busca de respostas sobre o policiamento durante a noite e a madrugada no bairro, a reportagem foi até o Batalhão da Polícia Militar situado na Moreninha I, mas nenhum militar disse estar autorizado a falar sobre o assunto.

O Campo Grande News entrou em contato com a assessoria de imprensa da Polícia Militar, mas até agora não houve retorno sobre o policiamento na região.

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