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Capital

PM reafirma que atirou para o alto e não quis matar homem em boate

Luana Rodrigues e Filipe Prado | 15/05/2015 10:37
Policial Bonifácio (sem barba) e a amigo vão à júri por morte e tentativa de homicídio na Brilhante (Foto: Marcos Ermínio)
Policial Bonifácio (sem barba) e a amigo vão à júri por morte e tentativa de homicídio na Brilhante (Foto: Marcos Ermínio)

Começou por volta das 8h desta sexta-feira(15), o julgamento do policial miltar Bonifácio dos Santos Junior, 36 anos, e de um colega dele Osni Ribeiro Lima, 39, acusados pelo assassinato do técnico de enfermagem Ike Cesar Gonçalves de 29 anos, e da tentativa de homicídio de Max Bruno de Souza Leite. O crime ocorreu no dia 28 de outubro de 2012, por volta das 4h, em frente a uma casa de shows na rua Brilhante, na Capital.

Em depoimento, Bonifácio disse ao juiz da 2ª Vara do Tribunal do Júri de Campo Grande, Thiago Tanaka, que no dia do crime, realizou três disparos para o alto após ver que Osni, de quem é amigo há mais de 20 anos, havia se envolvido em uma briga generalizada. "Chegamos na boate por volta da meia noite, ficamos lá por mais ou menos duas horas e meia, quando saímos, vi que tinha uma briga generalizada na rua, quando olhei para o lado vi que o Osni já não estava mais no carro e estava no meio da briga", explicou o policial.

Ainda de acordo com o PM, primeiro ele fez apenas um disparo, dizendo a todo momento que era policial, depois quando viu que um homem estava indo em direção a Osni com uma faca nas mãos, atirou mais duas vezes. "Se pegou não foi minha intenção, não estava embriagado, tomei apenas duas doses de cerveja, dois copinhos de café, fiquei com medo", contou o policial, explicando que na confusão os dois entraram no carro, mas não viram se alguém havia sido atingido.

O juiz também ouviu a versão de Osni, que confirmou boa parte da história do colega, mas não soube dizer o motivo da briga e nem se policial estava embriagado.

Um policial civil que estava no local foi ouvido como testemunha da acusação. Ele disse ao juiz que não conseguiu ver o momento dos disparos, por estar de costas para a confusão, apenas ouviu o barulho de três tiros e depois viu o policial e o colega fugindo em um carro. A testemunha contou ainda que não deteve o policial, porque "percebeu pelo jeito e postura da pessoa que se tratava de um policial e como não sabia das circunstâncias do crime, apenas anotou o número da placa do veículo em que eles estavam para depois identificá-los".

Para a mãe da vítima, Jaci Vieira do Nascimento, 52, os réus não contaram a história verdadeira. "Eu não estava lá, mas a história que ficamos sabendo é outra. Vamos espera as outras testemunhas por que até agora acho que a verdade não foi dita. Estou esperando com ansiedade isso, queremos justiça, porque ele atirou para matar, se não fosse meu filho seria outro", considera.

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