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Capital

Polícia Civil acusa PM de “espantar” suspeito de estupro na UFMS

Aline Queiroz | 12/04/2011 08:38

Tarado era monitorado por investigadores da Depac do Bairro Piratininga

Objetos da vítima foram deixados em matagal no campus. (Foto: João Garrigó)
Objetos da vítima foram deixados em matagal no campus. (Foto: João Garrigó)

Monitorado por investigadores da Depac (Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário) do Bairro Piratininga, o principal suspeito de ter estuprado uma estudante no campus da UFMS (Universidade Federal de Mato Grosso do Sul) ontem de manhã fugiu depois que policiais do serviço reservado da PM (Polícia Militar) invadiram a casa onde estava escondido, na região do Jardim Centenário, em Campo Grande.

A informação é do delegado titular da Depac, Fernando Nogueira, que coordena as investigações.

Ele afirma que com veículos descaracterizados os policiais da unidade iniciaram o monitoramento da residência.

Os agentes chegaram a um informante, que disse aos policiais civis que ele tinha planos de ir para Três Lagoas hoje, um dia depois do crime.

Quando os agentes estavam do lado de fora, em contato com o informante, policiais do serviço reservado da PM entraram na casa.

”Eles chegaram gritando e o suspeito, que estava no quarto, fugiu pulando o muro”, lamenta o delegado.

Ele esclarece que o suspeito está completamente identificado.

O suspeito tem antecedente por crime sexual e foi reconhecido por uma tatuagem que tem na coxa direita.

Por meio de fotos, ele foi reconhecido, assim como a bicicleta usada.

O delegado reclama da atuação da Polícia Militar na ocorrência.

”Isso porque já havia resolução dizendo que a PM não pode investigar”, pontua o delegado.

No fim de fevereiro teve início uma “guerra” para delimitar qual a atuação de cada corporação na Sejusp (Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública).

Após luta de braço entre as instituições, resoluções publicadas e textos alterados, a Sejusp republicou a norma definita.

A resolução 543, que vedava ao Serviço de Inteligência da Polícia Militar - a chamada PM2 - a atuação em crimes fora do âmbito militar, foi alterada.

Manteve-se o texto que veda à PM2 proceder investigações criminais comuns praticadas por civis.

A regra permite as ações de monitoramento, como medida de prevenção a crimes.

O texto informa que “as ações de campo e emprego de tecnologias ou equipamentos na busca de conhecimento devem ser voltadas ao cumprimento de ações de inteligência, inclusive as requisitadas pelas autoridades competentes”.

Durante a polêmica, a PM informou que não faz investigação, trabalho exclusivo da Polícia Civil em relação aos crimes estaduais, mas usa o Serviço de Inteligência para se abastecer de informações na tomada de decisões sobre o policiamento.

A assessoria de imprensa da PM foi procurada e deverá responder à reclamação em meia hora.

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