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Capital

Polícia investiga grupo que pode ter desviado até R$ 300 mil de banco

Oito pessoas são investigadas por envolvimento no suposto esquema, entre elas um ex prestador de serviço da instituição financeira

Bianca Bianchi | 16/02/2016 14:18
Tiago Duque Estrada, suspeito de utilizar senha fornecida pelo banco para adulterar documentos e desviar dinheiro (Foto: Reprodução/Instagram)
Tiago Duque Estrada, suspeito de utilizar senha fornecida pelo banco para adulterar documentos e desviar dinheiro (Foto: Reprodução/Instagram)

Um grupo de oito pessoas é investigado pela Polícia Civil suspeito de desviar pelo menos R$ 74.576,02 do Banco do Brasil em Campo Grande. De acordo com investigações do Garras (Delegacia Especializada de Repressão a Roubo a Banco, Assaltos e Sequestros), o prejuízo pode chegar a R$ 300 mil.

A Operação “Custas ex Lege”, deflagrada para investigar o suposto esquema, chegou até Tiago Ribeiro Duque Estrada, 26 anos, Daniel Silverio da Silva, 25, Pedro Henrique Cosmo Freitas, 23, Camila Modesto Guisso, 24, Deisielen Sobrinho Moreira, 27, Guilherme Bezerra Antero da Silva, 25, Adenilson da Silva Gurjão e Jorge Mendes Lopes, 23, depois que o escritório de advocacia onde Tiago trabalhou de julho a dezembro de 2015, registrou um boletim de ocorrência por suspeita de fraude.

Segundo as investigações, Tiago era o responsável, em um escritório de advocacia que presta serviço para o banco e teve o nome preservado, pelo pagamento de diligências processuais determinadas pela Justiça. Com uma senha fornecida pela própria instituição financeira, o rapaz emitia ordens de pagamento e as encaminhava para Daniel, que adulterava os documentos para que os pagamentos fossem feitos para os outros quatro suspeitos.

De acordo com o escritório, Tiago teria pedido demissão do emprego no começo de dezembro do ano passado. Duas semanas depois, o banco teria entrado em contato com o prestador de serviço desconfiando do montante pago no período em que ele permaneceu na função.

Funcionário do escritório há mais de dois anos, um homem que não quis ser identificado trabalhava com Tiago e diz que nunca desconfiou do rapaz. "Parto do princípio que todo mundo é honesto. O escritório tem cerca de 40 funcionários e nunca teve problemas nesse sentido", comentou.

Durante a operação foram realizadas buscas nas residências dos suspeitos e apreendidos vários computadores que podem ter sido utilizados para a prática do crime. Quatro veículos também foram apreendidos. A suspeita é que teriam sido adquiridos com dinheiro ilícito.

Na residência de Guilherme, a polícia encontrou 588 gramas de maconha, separadas em 11 pacotes, e uma balança de precisão, indicando destinação para comércio. Ele foi autuado em flagrante delito pelo crime de tráfico de drogas e está preso.

De acordo com o delegado responsável pelo caso, Edilson dos Santos Silva, todos os envolvidos são réus primários, com exceção de Guilherme. Os outros foram indiciados e vão responder em liberdade.

Eles vão responder pelo crime de estelionato mediante fraude e associação criminosa (formação de quadrilha) e podem pegar de 3 a 9 anos de prisão.

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