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Capital

Polícia prende "MacGyver" suspeito de fraudar leitura de energia elétrica

Conhecido como "MacGyver", suspeito se vestia como funcionário de concessionária para não chamar atenção durante serviço

Leandro Abreu e Antônio Marques | 01/06/2016 15:01
Equipamentos utilizados para fraudar a leitura de energia foram apreendidos na casa do suspeito. (Foto: Antônio Marques)
Equipamentos utilizados para fraudar a leitura de energia foram apreendidos na casa do suspeito. (Foto: Antônio Marques)

A Polícia Civil identificou e prendeu mais um envolvido em esquema de furto de energia em Campo Grande. Conhecido como “MacGyver”, Anaurelindo Ricalde, 46, vendia e instalava equipamentos que fraudavam o relógio de leitura da concessionária Energisa, fazendo constar consumo bem menor do que o real. Conforme a empresa, no ano passado houve um prejuízo de R$ 46 milhões por "gatos". Esse valor acaba repassado à conta de energia dos consumidores.

Comandada pela 5ª DP (Delegacia de Polícia), a operação identificou em maio pelo menos 41 prédios entre comércios e residências que contrataram serviços de um leiturista acusado de fraudar as contas, anotando valores inferiores aos registrados pelo relógio. Além disso, o delegado responsável pelo caso, João Reis Belo, afirma que cerca de 100 pessoas já foram identificadas por envolvimento na fraude. Ainda não se sabe se todas as pessoas fazem parte de um único grupo organizado ou se realizavam trabalhos isoladamente.

Nesta quarta-feira (31), Anaurelindo foi preso em casa, na rua Gaspar de Lemos, no bairro Pioneira. No local, a polícia encontrou vários equipamentos utilizados para alterar a leitura de energia elétrica que passa pelos relógios. Um dos objetos, que os clientes pagavam até R$ 200, era colocado na tomada das casas e prometia reduzir o consumo dos eletrônicos conectados, o que ainda deve ser apurado pela polícia.

Além disso, “MacGyver” tinha um uniforme da Energisa que usava enquanto trabalhava no padrão das casas durante a instalação dos equipamentos. Isso era feito para que não chamasse a atenção durante o serviço fraudulento. A concessionária afirma que ele não é funcionário.

Conforme o delegado Jairo Mendes, titular da 5ª DP, o suspeito é especialista nesse tipo de fraude e venda de produtos. Ele foi preso por furto de energia e fraude em favor de terceiros, com pena que pode variar entre um a quatro anos de reclusão.

“A operação que está sendo intensificada pela Polícia Civil. A empresa Energisa está dando o suporte e auxiliando. Estão fazendo uma varredura em toda cidade para descobrir mais fraudes
e a operação deve se estender para o interior do Estado também. A partir de agora a tendência é que outras pessoas sejam presas”, disse o delegado Jairo Mendes.

Além das pessoas que realizam as fraudes, a polícia ainda busca os clientes. “A gente alerta que a investigação está acontecendo e deve chegar a muito mais pessoas. Se alguma pessoa esteja sendo beneficiada por esse crime, que procure a Energisa para se regularizar antes que a polícia chegue, pois serão responsabilizadas criminalmente com pena de 1 a 4 anos por furto de energia”, completou o delegado ressaltando que Anaurelindo era um dos fornecedores dos equipamentos, mas a polícia ainda está em busca da pessoa que vende o programa de computador que configura esses equipamentos para fazer a fraude.

Outro crime – A polícia ainda apreendeu na casa de Anaurelindo, cerca de 10 litros de uísque adulterados. O suspeito comprava a bebida mais barata, misturava com água e colocava em garrafas mais valorizadas. Por fim, essa bebida adulterada era vendida para casas noturnas da cidade.

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