Polícia prevê novo prédio para Depac orçado em R$ 4 milhões
O serviço da delegacia foi transferido nesta manhã para o Cepol (Centro de Policiamento Especializado), no bairro Tiradentes

Com orçamento estimado em R$ 4 milhões, a Polícia Civil anunciou a construção de uma nova sede para a Depac (Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário) responsável pelo atendimento da região sul de Campo Grande. Até lá, o serviço, antes concentrado na Vila Piratininga, será transferido para a Cepol (Centro de Policiamento Especializado), no bairro Tiradentes.
Durante coletiva de imprensa, na manhã desta quarta-feira (20), o delegado-geral da Polícia Civil, Marcelo Vargas afirmou que a construção da nova sede já está no planejamento estratégico e orçamentário da Sejusp (Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública) para o ano que vem.
Segundo ele, a mudança de prédio da Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário foi necessária para atender a ordem judicial feita pelo MPMS (Ministério Público de Mato Grosso do Sul) que determinou que o plantão policial tenha condições de receber todas as ocorrências envolvendo adolescente em conflito com a lei, no período noturno e de finais de semana.
“No prédio antigo os adolescentes precisavam passar a noite nas celas, e muitas vezes tinham contato com maiores de idade. Aqui na Cepol vamos ter uma estrutura especial para atendimento a menores infratores. Eles ficarão em uma cela especial e até a entrada na delegacia é específica. Os adolescentes vão passar uma equipe diferenciada até ir para a Unei”, explicou o delegado João Eduardo Santana Davanço, titular da DEPACs.
Na nova sede, toda a estrutura será construída para atender os adolescentes. “O orçamento estimado para isso é de R$ 4 milhões. Dificilmente a obra será entregue em 2020, porque depende de liberação de recursos e licitações. Por isso o prazo é para 2021”, detalhou Marcelo Vargas.
O prédio será construído ao lado da Defurv (Delegacia Especializada de Furtos e Roubos de Veículos) – localizada Avenida Senador Filinto Muller, na Vila Ipiranga.
Já a delegacia da Vila Piratininga passará por reforma e continuará como sede da 5ª Delegacia de Polícia Civil e do GOI (Grupo de Operações e Investigações). A licitação para a obra deve ser liberada em janeiro do próximo ano, com orçamento de 150 mil.
Protestos – Nesta manhã, líderes comunitários e presidentes de conselhos de segurança fizeram protesto em frente à Depac (Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário) do bairro Piratininga, contra o fechamento da unidade.
As lideranças defenderam que com a mudança o trajeto será ampliado em 10 quilômetros, dificultando o acesso ao serviço para população de bairros mais carentes. Como no Anhanduizinho, onde residem cerca de 200 mil pessoas.
Em coletiva, o delegado-geral afirmou que as manifestações contra a mudança de prédio são “políticas e partidárias”, já que a 5ª Delegacia continuará no mesmo prédio, disponível para atender a população da região, assim como a Polícia Militar, que segundo ele, continuará com as rondas e policialmente ostensivo.
Para a imprensa, o delegado João Eduardo Santana Davanço afirmou ainda que todas as 14 delegacias especializadas da Capital e às sete unidades de área podem registrar boletins de ocorrência das 7h30 às 17h30. O atendimento 24 horas é feito pelas duas DEPACs e pela Deam (Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher).
“Também estamos na tratativa para se criar um aplicativo em permita ao cidadão fazer o boletim de ocorrência da próxima casa. Isso vai esvaziar os plantões e ampliar os crimes que já são registrados pela delegacia virtual, que hoje concentra casos de extravio e pequenos furtos”, revelou Vargas.