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Capital

Polícia vai ao lixão e intima mais cinco pessoas a prestarem depoimento

Paula Maciulevicius | 09/01/2012 20:49

Delegado do caso pediu contrato da licitação da prefeitura com a Financial, para entender como funciona a administração do lixão

Delegado responsável pelo caso vai ao lixão intimar funcionários e acompanha de perto, as cercas que apresentam buracos. (Foto: João Garrigó)
Delegado responsável pelo caso vai ao lixão intimar funcionários e acompanha de perto, as cercas que apresentam buracos. (Foto: João Garrigó)

Na tarde desta segunda-feira depois de ouvir os pais do menino Maikon Correia Andrade, 9 anos, o delegado responsável pelo caso, Jairo Carlos Mendes foi até o lixão, cenário da morte da criança em dezembro, intimar trabalhadores e funcionários a depor.

Até o momento oito pessoas foram intimadas, cinco delas agora há pouco, no lixão. Além das intimações, o delegado foi ver de perto a situação do aterro na saída para Sidrolândia, em especial o cercado em torno, que tem buracos em grande parte.

O inquérito que tem 30 dias para ser concluído pode ainda ser prorrogado a pedido do delegado, pelo número de pessoas a serem ouvidas.

A Polícia pediu o contrato da licitação da prefeitura com a Financial, empresa coletora de lixo para entender como funciona a administração do lixão e anexar ao inquérito.

A investigação segue para esclarecer por que Maikon estava no lixão e se os pais sabiam. “Que foi um acidente, ninguém tem dúvida, mas vamos apurar de quem é a responsabilidade por essa criança estar lá”, disse o delegado.

O cercado está em grande parte arrombado. Por buracos como este é possível entrar e sair. (Foto: Simão Nogueira)
O cercado está em grande parte arrombado. Por buracos como este é possível entrar e sair. (Foto: Simão Nogueira)

Nesta semana a Polícia recebe os laudos da perícia feitos no dia em que o corpo foi encontrado. Mais pessoas ainda serão oficializadas a depor no caso.

História - O desmoronamento de parte do lixão na saída para Sidrolândia, em Campo Grande, soterrou uma criança, na tarde de quarta-feira, dia 28. O menino de 9 anos estava junto com outras crianças num lugar chamado de barranco, dentro da montanha de lixo.

A busca começou por volta das 16h30, após trabalhadores verem a criança ser soterrada. No local estiveram três ambulâncias do Corpo de Bombeiros e uma do Samu (Serviço Móvel de Atendimento de Urgência). Catadores de lixo que atuam no local viram quando as crianças estavam no barranco e um caminhão chegou para despejar entulho.

O lixo foi empurrado para o barranco por uma máquina, como é praxe e, nesse momento, conforme contaram os trabalhadores, houve o desmoronamento em direção às crianças.

O corpo de Maikon só foi localizado no final da manhã de quinta-feira, depois de 20h de buscas. Quando o catador José Vilmar de Lima, de 49 anos, lançou do alto do lixão, uma pedrinha, indicando para os operários das escavadeiras, onde o corpo deveria estar.

A operação de busca – em meio a toneladas e toneladas de lixo, chorume e degradação – contou com 15 bombeiros, três escavadeiras e oito operadores de máquinas.

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