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Capital

Policial que matou motorista alega legítima defesa e consegue liberdade

Alan Diógenes | 12/02/2014 19:12

O cabo da Polícia Militar Geison Martins Soares, 34 anos, que matou o motorista Eliandro Ayala Antunes, 32, com dois tiros no peito na noite da segunda-feira (10), foi solto na tarde desta quarta-feira (12) em Campo Grande. Ele tinha ficado detido por dois dias no Presídio Militar Estadual logo após ter prestado depoimentos na delegacia no dia do crime.

De acordo com o advogado do policial, Ronaldo Franco, o juiz Carlos Alberto Garcete da 1º vara do Tribunal do Júri, entendeu que o motorista Eliandro Ayala apresentou risco a vida de Brunielly Dias Barbosa, 22 anos, que seria sua ex-namorada e atualmente mantinha relacionamento com Geison, quando adentrou à residência da jovem, apontando uma arma de brinquedo.

“O juiz entendeu que meu cliente agiu em legítima defesa, pois a vítima utilizou uma arma de brinquedo para ameaça-lo e a Brunielly, não dando tempo para ele perceber que a arma era falsa. Além disso, a vítima induziu meu cliente, que disparou sua arma tentando se defender”, informou.

Geison agora responderá o processo em liberdade. Conforme informações do advogado Ronaldo Franco prestadas ao Campo Grande News, provavelmente haverá um arquivamento do caso. “Acredito que após o encerramento do inquérito que foi aberto por parte do delegado de plantão, não haverá nenhuma denúncia do Ministério Público”, salientou.

Crime – Eliandro foi morto com dois tiros no peito depois de ter invadido a casa de Brunielly. De acordo com o delegado que atendeu a ocorrência, Ivahir Luiz de Campos, o soldado da Polícia Militar agiu em legítima defesa, pois no momento do crime a vítima usava um "simulacro de uma arma ponto 40".

Conforme a Polícia Civil, Eliandro arrombou a porta, invadiu a casa da namorada, que estava junto com o PM e apontando a arma de brinquedo disse que ia matar Brunielly. O PM reagiu atirando no motorista.

Depois que a vítima caiu, o PM pegou a arma e viu que se tratava de um simulacro. O Samu e o Corpo de Bombeiros foram acionados e tentaram durante 30 minutos o procedimento de reanimação, mas o homem não resistiu e morreu no local.

O caso foi registrado como homicídio doloso na Depac (Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário), do bairro Piratininga.

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