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Capital

Além de fila, postos têm racionamento e montanha-russa de preços

Caminhões que transportam o produto estão parados nos bloqueios de caminhoneiros pelas estradas

Ricardo Campos Jr. e Bruna Kaspary | 24/05/2018 11:56
Filas para abastecer em posto de Campo Grande (Foto: Marina Pacheco)
Filas para abastecer em posto de Campo Grande (Foto: Marina Pacheco)
Caminhões parados em posto de combustível em rodovia de MS (Foto: Fly Drones)
Caminhões parados em posto de combustível em rodovia de MS (Foto: Fly Drones)

Além de longas filas, motoristas que resolveram abastecer o carro com medo de que a gasolina falte se depararam com grandes variações de preço e racionamento de combustível. Caminhões que transportam o produto estão parados nos bloqueios de caminhoneiros pelas estradas, que reivindicam mudança na política de preços da Petrobras e redução de impostos.

No posto FIC da Avenida Costa e Silva, os reservatórios tinham menos de dez mil litros e a gerência limitou as vendas em 20 litros por cliente. No local, a gasolina custa R$ 3,97.

O empresário Luiz Eduardo Cristaldo, 45 anos, estava encarando a fila sem alternativas, já que ele já estava andando na reserva. “Vou ter que ficar aqui, se desse para esperar um pouquinho mais eu ia embora, mas não tinha mais jeito, precisava abastecer hoje”, disse ao Campo Grande News.

Aconteceu o mesmo com o músico Ismael Alencar, 26 anos. “Não tinha como esperar, tinha que abastecer hoje sem sombra de dúvidas”.

No posto também da rede FIC localizado na Avenida Bandeirantes, a gasolina está saindo por R$ 4,49 e na unidade da mesma bandeira localizada no Trevo Imbirussu, o mesmo combustível estava R$ 4,69 ainda pela manhã.

A Uber Cristiane Medina, 31 anos, colocou R$ 50 desse combustível no carro e levou um galão de cinco litros como precaução, caso o insumo falte na cidade. “O preço está subindo e eu precisava abastecer, então vim logo”, afirma.

O gerente do local, Artur Gilberto, disse que recebeu ontem um carregamento, mas tamanha foi a procura que hoje já não restam dez litros. Ele garante que o preço acima da média para a cidade está em vigor desde a semana passada e não foi alterado em razão da greve.

Em alguns locais o produto esgotou nas bombas. É o caso do Posto Itanhangá, na Rua Joaquim Murtinho. Os consumidores começaram abastecer com etanol quando a gasolina acabou. Ela estava custando R$ 4,08 no local.

Consumidores tiveram que esperar para conseguir abastecer na Capital (Foto: Saul Schramm)
Consumidores tiveram que esperar para conseguir abastecer na Capital (Foto: Saul Schramm)

No posto da rede Locatelli localizado na Avenida Ministro João Arinos, o combustível saía por R$ 4,08 e segundo a gerência, os estoques são suficientes para atender os clientes atá amanhã. Na unidade do mesmo grupo na Avenida Costa e Silva, o produto custava R$ 4,397 (à vista/débito) e R$ 4,497 (crédito).

Já no Posto Alloy da Avenida Fernando Corrêa da Costa, a gasolina custava R$ 3,99 e o local registrou filas quilométricas na manhã desta quinta.

Paralisação – Os caminhoneiros protestam contra a política de preços da Petrobras, que sobe e desce o diesel de acordo com as variações no dólar. Com isso, na semana passada houve aumentos sucessivos que encareceram o consumo.

Nesta quinta, são cerca de 30 pontos de bloqueio em Mato Grosso do Sul, de acordo com a PRF (Polícia Rodoviária Federal). A categoria garante que está deixando passar cargas vivas e perecíveis, além de carros de passeio, ônibus e ambulâncias.

Há interdição, entre outros pontos, na BR-163 em Eldorado (km 39), Naviraí (km 117), Caarapó (km 206), Dourados (km 256 e 266), Rio Brilhante (km 323), Campo Grande (km 462 e 477), Bandeirantes (km 550), São Gabriel do Oeste (km 614 e 618) e Rio Verde de Mato Grosso (km 678).

 

Posto de combustível na Avenida Costa e Silva (Foto: Saul Schramm)
Posto de combustível na Avenida Costa e Silva (Foto: Saul Schramm)
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