Prefeitura promete fim da novela e anuncia data para licitação dos parquímetros
Após três anos sem cobrança de estacionamento rotativo, edital deve ser lançado no fim do mês

A Prefeitura de Campo Grande anunciou nesta segunda-feira (4) que vai lançar no próximo dia 29 de agosto o edital para a concessão do serviço de estacionamento rotativo na capital. A promessa foi feita durante a apresentação do calendário oficial de obras e atividades em comemoração aos 125 anos da cidade, celebrados em 26 de agosto, no Parktec CG.
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Prefeitura de Campo Grande lançará edital para concessão de estacionamento rotativo em 29 de agosto. A licitação visa retomar o sistema de parquímetros, suspenso desde março de 2022, após o fim do contrato com a empresa anterior. A ausência do sistema tem gerado queixas de comerciantes, que apontam a ocupação prolongada das vagas como prejudicial às vendas. O novo contrato terá validade inicial de 12 anos, renovável por igual período, e prevê a instalação de até 6,2 mil parquímetros, com possibilidade de expansão para outros bairros. A lei que autoriza a concessão foi sancionada em abril de 2023, mas o processo licitatório estava parado desde então. Detalhes sobre o modelo de cobrança, tecnologia e valores serão divulgados após a abertura do edital.
O sistema de parquímetros está suspenso há mais de três anos, desde que o contrato com a empresa Metropark Administradora Ltda. (Flexpark) chegou ao fim em março de 2022. A empresa operava cerca de 2.458 vagas rotativas em ruas centrais delimitadas pelo quadrilátero formado pelas avenidas Fernando Corrêa da Costa, Mato Grosso, Calógeras e Padre João Crippa. Desde então, Campo Grande permanece sem um sistema de cobrança, o que, segundo comerciantes, provoca ocupação prolongada das vagas e redução na rotatividade, prejudicando as vendas no comércio local.
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Em abril do ano passado, a prefeita Adriane Lopes (PP) sancionou a lei que autoriza a nova concessão do serviço à iniciativa privada. O texto prevê a instalação de até 6,2 mil parquímetros, com possibilidade de ampliação para outros bairros, desde que haja concordância de moradores e comerciantes. O contrato poderá ter validade inicial de 12 anos, renovável por igual período.
Apesar da lei em vigor, a licitação não avançou. A administração municipal havia informado que o projeto estava sendo ajustado em conjunto com a Agetran (Agência Municipal de Transporte e Trânsito) e que, até o fim daquele mês, seria encaminhado à Câmara Municipal. Desde então, não houve novas movimentações, aumentando a insatisfação de lojistas e motoristas que aguardam uma definição.
A ausência do sistema de estacionamento rotativo tem gerado reclamações recorrentes do setor comercial. No início deste ano, lojistas se reuniram em um encontro virtual promovido pela CDL (Câmara de Dirigentes Lojistas) de Campo Grande para cobrar providências da Prefeitura. A principal queixa é a ocupação prolongada das vagas por veículos que permanecem estacionados durante todo o dia, sem a rotatividade necessária para atender o fluxo de clientes.
Para os comerciantes, a falta de vagas disponíveis no centro desestimula o consumo e afeta diretamente as vendas, já que muitos consumidores acabam desistindo de fazer compras por não encontrar onde estacionar. “Sem o sistema, as vagas são ocupadas por longos períodos, prejudicando todo o comércio local”, apontaram representantes do setor durante a reunião.
Com o anúncio feito nesta segunda-feira, a expectativa é que a publicação do edital, marcada para 29 de agosto, seja o primeiro passo concreto para a retomada do estacionamento rotativo em Campo Grande. A Prefeitura não detalhou se haverá mudanças no modelo de cobrança, tecnologia ou valores a serem praticados, pontos que deverão ser conhecidos somente após a abertura do processo licitatório.
Caso o cronograma seja cumprido, o próximo operador do serviço poderá instalar até 6,2 mil parquímetros na área central e, posteriormente, expandir o sistema a outras regiões da cidade. Ainda não há previsão de quando os equipamentos começariam a funcionar, já que o prazo dependerá do andamento da licitação e da assinatura do contrato com a futura concessionária.