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Capital

Presa, dona de hotel é acusada de permitir uso de drogas no local

Além da dona do hotel, outras pessoas foram detidas. Situação foi verifica durante investigação de desaparecimento de um advogado

Nyelder Rodrigues e Luciana Brazil | 14/11/2012 20:07
Os três usuários foram presos no Hotel Caymã. Eles confessaram que é comum o uso de drogas no local. (Foto: Simão Nogueira)
Os três usuários foram presos no Hotel Caymã. Eles confessaram que é comum o uso de drogas no local. (Foto: Simão Nogueira)

A proprietária do Hotel Caymã, localizado no cruzamento das ruas Calógeras e 26 de Agosto, foi presa nesta quarta-feira (14) sob a suspeita de auxiliar ao tráfico de drogas, além de receptação de produtos.

Conforme a polícia, Lúcia Arfanio, de 39 anos, permitia que no local acontecesse o uso liberado de drogas. Além disso, ela foi encontrada com produtos receptados no hotel. A pena nestes casos pode variar entre cinco e 15 anos.

O garoto de programa Darlon Alves Lemos, de 22 anos, que morava no hotel, também foi preso, por tráfico de drogas e estelionato.

A polícia chegou ao hotel após o desaparecimento de um advogado de 36 anos, que estava desde domingo (11) em Campo Grande, e foi encontrado nesta quarta. Ele é de Santos (SP) e veio para a Capital prestar o concurso da Defensoria Pública.

Conforme o relato do próprio advogado para a polícia, após fazer a prova, ele foi ao hotel onde estava hospedado, próximo à rodoviária, onde conheceu um grupo de pessoas e foi até um bar da cidade. De lá, ele seguiu sozinho na rua, onde consumiu bebidas alcoólicas e pasta base.

Ainda na rua, ele pediu para um andarilho a indicação de onde poderia comprar mais drogas. O andarilho o levou até Darlon, que o levou para o Hotel Caymã. Lá, o advogado continuou o consumo de drogas.

Para comprar mais, o advogado foi até o banco com Darlon, onde sacaram R$ 250. Posteriormente, ele ofereceu o cartão de crédito para o garoto de programa, que gastou R$ 4 mil comprando produtos de beleza, seis celulares e roupas. Parte destes materiais foi vendida para Lúcia, dona do Caymã.

A família do advogado, preocupada com o desaparecimento, registrou boletim de ocorrência em Santos, que entrou em contato com o hotel onde ele estava hospedado anteriormente. Nesta manhã, ele retornou ao local, e a polícia foi chamada, conseguindo esclarecer o caso.

Darlon foi preso sob suspeita de ter praticado estelionato e tráfico de drogas.
Darlon foi preso sob suspeita de ter praticado estelionato e tráfico de drogas.

Por conta dos relatos, os policiais foram ao Hotel Caymã, e lá encontraram mais duas pessoas dentro de um quarto, consumindo drogas.

Durante a abordagem, Fernando Henrique Rachid, de 19 anos, chegou ao local vendendo xampus e desodorantes, oferecendo os produtos para um dos investigadores no local. Ele revelou que usaria o dinheiro para comprar drogas. Tanto Fernando quando as duas pessoas que consumiam droga foram presos. Os três confessaram à polícia que no Caymã é comum o uso de entorpecentes.

Em conversa com a reportagem do Campo Grande News, o garoto de programa Darlon contou que é usuário há 13 anos, e se prostitui há oito. Darlon disse que não forçou a situação e que o advogado deu a carteira voluntariamente. “Se pudesse, repetiria a dose”, revelou.

O advogado, que também foi detido, assinou um termo e será liberado. Conforme alguns policiais, ele aparentava ainda estar sob o efeito de drogas. Um representante da Comissão de Direitos de Prerrogativas da OAB-MS (Ordem dos Advogados do Brasil) acompanha o caso para que os direitos do advogado sejam respeitados.

Alguns dos produtos comprados por Darlan ainda estavam com notas fiscais e foram recuperados antes de serem vendidos.
Alguns dos produtos comprados por Darlan ainda estavam com notas fiscais e foram recuperados antes de serem vendidos.
Drogas divididas em porções e uma calculadora onde eram colocadas foram encontradas nas dependências do hotel.
Drogas divididas em porções e uma calculadora onde eram colocadas foram encontradas nas dependências do hotel.
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