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Capital

Projeto que já economizou R$ 11 mi com mão de obra carcerária reforma 13ª escola

Serão investidos R$ 680 mil na Escola Estadual Profª Joelina de Almeida Xavier, no Jardim Guanabara

Caroline Maldonado | 19/11/2021 08:35
Escola Estadual Profª Joelina de Almeida Xavier, no Jardim Guanabara, em Campo Grande. (Foto: Divulgação/TJMS)
Escola Estadual Profª Joelina de Almeida Xavier, no Jardim Guanabara, em Campo Grande. (Foto: Divulgação/TJMS)

A reforma que já começou na Escola Estadual Profª Joelina de Almeida Xavier, no Jardim Guanabara, vai custar cerca de R$ 680 mil. O valor é arrecadado com o desconto de 10% dos salários dos detentos, que trabalham via convênio na Capital.

Trabalham na obra 25 reeducandos do regime semiaberto do Centro Penal Agroindustrial da Gameleira, que fazem parte do projeto "Revitalizando a Educação com Liberdade", da 2ª Vara de Execução Penal de Campo Grande do TJMS (Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul). A iniciativa já economizou R$ 11 milhões dos cofres públicos.

Essa é a 13ª escola pública estadual que recebe reforma com mão de obra carcerária. Os custos são arcados por meio de parceria entre Agepen-MS  (Agência Estadual de Administração do Sistema Penitenciário), Conselho da Comunidade e a SED (Secretaria de Educação do Estado de MS), entre outros parceiros.

Além de outras intervenções, a escola terá a cobertura entre os blocos reconstruída, pois entra água e o pátio interno inunda, quando chove, segundo o diretor do presídio semiaberto da Gameleira, Adiel Rodrigues Barbosa, responsável pela execução do projeto.

“Embora a instituição de ensino não esteja numa condição degradante de conservação, pois a direção zela da melhor forma pela estrutura existente, serão necessárias diversas intervenções e também melhorias para receber de forma mais adequada os alunos e a comunidade escolar”, comenta.

Os professores também pediram a construção de uma nova cozinha, mais ampla, pois a existente é muito pequena e não comporta a demanda atual da escola, que funciona em período integral.

Segundo a diretora da escola, Rose Helena Padoa Barbosa, a unidade escolar atende 195 estudantes do quinto ao nono ano do ensino fundamental, oferecendo três refeições diárias.

“A reforma da cozinha proporcionará um espaço mais amplo para o manuseio do preparo das refeições, bem como nos beneficiará com uma despensa maior, onde os produtos serão estocados em maior quantidade, o que facilitará o atendimento da nossa demanda e com maior precisão”, disse a diretora.

Projeto - Idealizado pelo juiz Albino Coimbra Neto, titular da 2ª Vara de Execução Penal de Campo Grande, o projeto de ressocialização por meio do trabalho começou em 2013. O pagamento dos internos é administrado pelo Conselho da Comunidade de Campo Grande.

Também são parceiros o MPT (Ministério Público do Trabalho) e o Senai (Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial), que oferece a formação gratuita dos presos no canteiro de obras. Os detentos que participam de todas as fases do projeto, desde a alvenaria até a pintura, recebem certificados de pedreiro de alvenaria, pedreiro de revestimento e pintor de obras.

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