Facção do “Mago” tinha luxos em presídio e girava milhões em contas de laranjas
Ordens judiciais contra quadrilha são cumpridas em Campo Grande e 10 cidades, sendo 9 de Pernambuco e 1 de SP
A FICCO/PE (Força Integrada de Combate ao Crime Organizado em Pernambuco) deflagrou na manhã desta quarta-feira (3) a Operação Sintonia Fina, que tem como alvos integrantes de quadrilha envolvida em homicídios, tráfico de drogas e de armas e lavagem de dinheiro. As ordens judiciais são cumpridas em Campo Grande (MS) e mais dez cidades – nove em Pernambuco e uma em São Paulo.
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A Força Integrada de Combate ao Crime Organizado em Pernambuco (Ficco/PE) deflagrou a operação Sintonia Fina contra uma organização criminosa envolvida em homicídios, tráfico de drogas e armas, e lavagem de dinheiro. A ação acontece em 11 cidades, incluindo Campo Grande (MS), Itanhaém (SP) e nove municípios pernambucanos. A operação visa cumprir 21 mandados de prisão preventiva e 31 de busca e apreensão. O grupo, cujo líder está em presídio federal, foi identificado após investigações iniciadas em 2024, que revelaram conexões com irregularidades no sistema prisional de Pernambuco, descobertas nas operações Manguezais e La Catedral.
O grupo criminoso começou a ser investigado em 2024, e as apurações revelaram que a quadrilha mantinha intensa atividade criminosa e violenta em Pernambuco. Após a prisão do principal líder, foram identificadas a estrutura de comando e as conexões da organização com diversas práticas ilícitas. O principal líder está atualmente em presídio federal.
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Durante as investigações, foram analisados elementos provenientes de outras duas operações — Manguezais e La Catedral — que identificaram irregularidades no sistema prisional de Pernambuco. Além disso, as apurações apontaram que o grupo movimentou mais de R$ 328 milhões em contas bancárias de "laranjas" e empresas de fachada.
Hoje são cumpridos 21 mandados de prisão preventiva, 31 mandados de busca e apreensão e ordens judiciais de bloqueio de valores e sequestro de bens dos investigados nas cidades de Campo Grande (MS), Itanhaém (SP), Recife, Jaboatão dos Guararapes, Paulista, Igarassu, Abreu e Lima, Itaquitinga, Paudalho, Tacaimbó e Caruaru (PE).
Os mandados foram expedidos pela 2ª Vara Criminal de Jaboatão dos Guararapes, em Pernambuco.
Regalias – Durante as investigações da operação La Catedral, a FICCO identificou que detentos do presídio de Igarassu, no Recife, tinham acesso a garotas de programa, comidas por delivery e festas regadas com uísque, cerveja e pagode.
A peça central do esquema era o detento Lyferson Barbosa da Silva, conhecido como “Mago”, que atuava como “chaveiro” no pavilhão onde cumpria pena e tinha uma vida luxuosa na unidade. Ele está na Penitenciária Federal da capital sul-mato-grossense desde 2024.
Lyferson é acusado de gerenciar laboratório de crack que funcionava no espaço cultural da unidade penal da capital pernambucana e de deter o monopólio do tráfico no local. As regalias eram mantidas por meio do pagamento de propinas.
Na ocasião, foram alvos da ação Charles Belarmino de Queiroz, ex-diretor do presídio de Igarassu, e André de Araújo Albuquerque, ex-secretário executivo de Administração Penitenciária e Ressocialização de Pernambuco.
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