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Capital

Quem aprendeu a gostar do Uber fica preocupado com preço após decreto

Desemprego, falta de alternativa ao transporte e reajuste no preço seriam pontos desfavoráveis

Anahi Gurgel | 26/02/2017 14:46
Trânsito na avenida Afonso Pena. Muitos usuários de Uber são contrários ao decreto que regulamenta serviço. (Foto: Alcides Neto)
Trânsito na avenida Afonso Pena. Muitos usuários de Uber são contrários ao decreto que regulamenta serviço. (Foto: Alcides Neto)

Já habituados ao preço acessível e comodidade dos serviços do Uber, que chegaram em Campo Grande há cerca de cinco meses, muitos usuários do aplicativo estão preocupados com os efeitos do decreto municipal que cria regras para esse tipo de transporte na cidade.

Aumento do desemprego, menos opções à mobilidade na Capital e reajuste do valor dinâmico são alguns dos pontos considerados negativos à regulamentação da atividade. 

O acadêmico Kássio Rezende, 26 anos, achou a medida muito equivocada. “A gente vem se recuperando de uma crise financeira e toda oportunidade de economia é muito bem vinda para manter as despesas. Para muitos, o Uber virou uma fonte de renda extra, talvez não muito grande, mas garantida”, acredita.

Ele utiliza a ferramenta desde que o aplicativo passou a operar na cidade, em setembro de 2016, e avalia que a serviço favorece o mercado. “Acho que a concorrência com taxistas é totalmente saudável. Entendo a importância da cobrança de impostos mas, infelizmente, as limitações seriam ruins para os usuários”, enfatiza.

A fisioterapeuta Letícia Ribeiro, 26, opta pelo Uber por ter preço mais em conta e também pelo conforto. “Sou contra o decreto. Quem é favorável levanta questões como a segurança, mas é possível ter precaução. Eu, por exemplo, antes de entrar no carro, espero o motorista falar meu nome, observo o comportamento dele e aviso alguém sobre o trajeto. Não podemos parar de usar o serviço”, argumenta.

Para a estudante Brena Dornas, as limitações do decreto podem prejudicar muitos trabalhadores e aumentar o valor da tarifa. “Acho errado, pois muitos profissionais que encontraram um trabalho, poderão ficar desempregados”, aponta. “Também não concordo com a cobrança de impostos, já que motorista do Uber não tem local fixo de trabalho, diferente dos taxistas. O serviço poderá encarecer. Está dando certo em outros Estados, tem que dar certo aqui também”, finaliza.

Repercussão na Uber - Com a assinatura do decreto nº 13.099, que regulamenta serviços de transporte particular via aplicativo, como Uber, a empresa anunciou que o documento “fará com que várias pessoas percam empregos, limitará o número de cadastrados e poderá aumentar o preço da corrida”.

Em nota divulgada pela assessoria de imprensa de São Paulo, após a assinatura do decreto, na sexta-feira (24), a prestadora de serviço afirmou que o serviço é uma nova opção de mobilidade e geração de renda em Campo Grande. “Ao impor impostos e adicionar regras, a população que perde", afirma.

O Prefeito Marquinhos Trad (PSD) agendou uma coletiva de imprensa para amanhã (27), às 9h, no Paço Municipal, para esclarecer os principais pontos do decreto e iniciar um debate para aprimoramento das regras.

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