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Capital

Reincidente, “acumuladora” com casa que traz risco à saúde paga fiança

A mulher de 67 anos também foi presa em 2017 e responde por poluição e maus-tratos a animais

Aline dos Santos e Clayton Neves | 09/10/2019 12:43
Fotografia anexada  a processo após flagrante em 2017. Processo terá primeira audiência em setembro de 2020.
Fotografia anexada a processo após flagrante em 2017. Processo terá primeira audiência em setembro de 2020.

A americana de 67 anos que foi presa ontem (dia 8) por manter a casa, no bairro Vilas Boas, em Campo Grande, tomada pelo lixo pagou fiança de R$ 2 mil e está em liberdade. Ela é reincidente, com denúncia por motivo similar em trâmite na Justiça desde 2017. Os crimes eram de maus-tratos a animais e causar poluição em nível que possa causar danos à saúde humana.

Com a ação de ontem, outro desdobramento foi o contato da embaixada dos Estados Unidos com a Decat (Delegacia Especializada de Repressão a Crimes Ambientais e Atendimento ao Turista). Segundo o delegado Maércio Alves Barbosa, o assunto tratado é sigiloso.

Com perfil que lembra o de uma acumuladora, como o de casos exibidos em programa de reality show da tv por assinatura, a mulher mantinha em casa material inservível (latas, garrafas e matéria orgânica) que encheu um caminhão-baú.

Ontem, equipes de saúde do Caps (Centro de Atenção Psicossocial) Margarida e da UBS (Unidade Básica de Saúde) da Vila Carlota também acompanharam a ação. Segundo a Sesau (Secretaria Municipal de Saúde), a suspeita é de que a moradora sofra de algum transtorno psiquiátrico, com recusa constante ao auxilio e assistência das equipes de saúde. A ação foi realizada por força de mandado de busca e apreensão.

Nesta quarta-feira (dia 9), três vizinhos, que não quiseram de identificar, relataram dificuldade de convivência. Segundo o trio, além da questão da sujeira, a moradora tem uma personalidade “difícil”. A reportagem também foi ao imóvel, mas não localizou ninguém. A casa tem mofo nas paredes, vidros encardidos e pontos de deterioração.

Em junho de 2017, equipes foram ao imóvel e encontraram acúmulo de resíduos como plásticos, lixo de sanitário, vidros, papelão e alimentos em decomposição. Na residência, também foram encontrados quatro cachorros, sendo dois com leishmaniose. Na ocasião, a moradora foi presa. Ela é representada pela Defensoria Pública e a audiência do processo, que tramita na 6ª Vara Criminal, será em setembro de 2020.

Sujeira pela parede e vidraça quebrada em casa tomada pelo lixo. (Foto: Henrique Kawaminami)
Sujeira pela parede e vidraça quebrada em casa tomada pelo lixo. (Foto: Henrique Kawaminami)
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