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Capital

Secretário despacha em posto de saúde e diz que atendimento precisa ser revisto

UBS Estrela do Sul é primeira unidade visitada por secretário; expectativa é que todas as unidades sejam visitadas em um ano

Fernanda Palheta e Ronie Cruz | 12/06/2019 13:08
Equipes que acompanhavam o titular da pasta já iniciaram reparos na unidade (Foto: Divulgação/ PMCG)
Equipes que acompanhavam o titular da pasta já iniciaram reparos na unidade (Foto: Divulgação/ PMCG)

Na primeira edição do Gabinete Itinerante na UBS (Unidade Básica de Saúde) Estrela do Sul, em Campo Grande, nesta quarta-feira (12), o secretário municipal de saúde, José Mauro Filho, ouviu a demanda os pacientes e líderes de bairro, se reuniu com superintendes, despachou, acompanhou o funcionamento da unidade e deu encaminhamentos aos problemas flagrados.

Para levar o gabinete até a UBS, o secretário foi acompanhado por toda a equipe da Sesau (Secretária Municipal de Saúde Pública), formada por superintendentes e servidores da pasta, além de levar equipamentos como computadores para que os despachos pudessem ser feitos do local.

“O motivo deste projeto é para ver o funcionamento dessas unidades, acompanhar o trabalho dos servidores e ir além dos pacientes, verificando também a estrutura física das unidades. Nossa visão é trazer a gestão para dentro da unidade e a partir dai trazer a solução aos problemas apresentados”, justificou o titular da Sesau.

O titular da pasta ainda se reuniu com os funcionários da unidade e com os líderes dos bairros da região do Segredo. A conselheira municipal de Saúde, Sandra Mara Santana, apontou que a unidade, que atende aproximadamente 40 mil pessoas tem déficit profissional. “Falta profissional, a unidade precisa de mais um pediatra, dentista e profissional do RG”, enumerou a conselheira.

Ela ainda aponta que o espaço é pequeno e a forma de atendimento precisa ser revisto. “A saúde municipal precisa de uma visão mais humana. A própria classificação de risco, por exemplo, precisa ter essa visão”, completou.

Outro problema apontado pelos pacientes que estavam na unidade na manhã de hoje, foi a demora para o agendamento de consultas. A aposentada, de 80 anos, que não quis se identificar, contou que demorou cerca de 4 meses para marcar uma consulta para fazer um exame oftalmológico. “Quando o dia da consulta chegou, eu já tinha feito o exame na rede particular porque eu precisava trocar meus óculos”, disse.

Um ano depois, ela precisa fazer o exame novamente e já enfrenta problemas para o agendamento. “Fui agendar em março e só tinha vaga em maio, desisti e agora estou tentando de novo”, relatou.

Adriano Pereira Lima, de 35 anos, que está desempregado enfrenta o mesmo problema. “Tenho que fazer o exame oftalmológico para renovar minha CNH, eu dependo sesse exame de vista e não consigo marcar. Faz um mês que estou tentando e toda vez que venho me falam que a vaga está aberta”, contou.

Levantamento do Campo Grande News ainda aponta outros problemas sobre a unidade. Por meio do Diretos das ruas, a reportagem recebeu reclamações da estrutura e de atendimento. No dia 30 de maio, o leitor Fabio Martins relatou que o ventilador da unidade não estava funcionando. O leitor ainda reclamou da demora de cerca de duas horas do atendimento pediátrico.

Outra leitora, que não quis se identificar, relatou no dia 13 de março que a unidade não tinha folha sulfite para imprimir os exames da filha. Ela ainda afirmou que iria retornar ao posto com folhas da própria casa para poder ter o exame impresso.

Durante o expediente na unidade, o secretário já adiantou alguns encaminhamentos. Equipes que acompanhavam o titular da pasta já iniciaram reparos na unidade, em dois banheiros, no ventilador quebrado e no sistema de agendamento.

“O médico está atendendo menos do que está agendado porque os pacientes estão faltando”. Uma solução imediata apresentada pelo secretário é que a partir de agora servidores farão acompanhamento por telefone. “O servidor vai ligar e confirmar, se o paciente não puder ir já vai chamar o próximo, para que seja otimizado o atendimento” explicou o titular.

A Sesau não definiu a próxima unidade a receber o projeto. A expectativa é que todas as unidades sejam visitadas em um ano.

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