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Capital

Secretário reclama de "preguiça" de servidores nos postos de saúde

Ítalo Milhomem | 24/06/2011 12:09
Na "berlinda", Mazina pede empenho e menos má vontade dos servidores da saúde após reunião com Nelsinho.  (Foto: Marcelo Victor)
Na "berlinda", Mazina pede empenho e menos má vontade dos servidores da saúde após reunião com Nelsinho. (Foto: Marcelo Victor)
A culpa pela má gestão da saúde será  de todos, não somento do secretário, cobrou Mazina dos servidores. (Foto: Marcelo Victor)
A culpa pela má gestão da saúde será de todos, não somento do secretário, cobrou Mazina dos servidores. (Foto: Marcelo Victor)

Após a ameaça de demissão, o secretário de Saúde de Campo Grande, Leandro Mazina afirmou que todos os pacientes que forem aos postos de saúde da Capital têm que ser atendidos.

A medida foi exigida após a reunião com a presença do prefeito Nelsinho Trad (PMDB), na manhã desta sexta-feira, no Paço Municipal. O prefeito deixou a reunião, antes do término, para que a “roupa suja” da secretaria fosse lavada. A Sesau é uma das secretaria com pior avaliação do município pela população, já disse Nelsinho.

Irritado, Mazina avisou que não quer mais cartazes ou orientações da gerência das unidades de saúde dispensando pacientes.

“Isso não pode se repetir mais, nenhum cartaz dizendo que não tem ficha para dispensar paciente. Isso não pode ser feito por ninguém, isso é até omissão de socorro pra quem fazer”.

O secretário orientou aos servidores, que conversem com os pacientes durante a realização dos cadastros, porque essa seria uma das maneiras de acalmá-los, e que se for identificado alguma causa mais grave, deve chamar o Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência).

“Nós temos todos esses recursos, se a gente não faz é porque a gente não quer. Temos conhecimento de trabalho, alternativas. O que não pode é ficar com má vontade, não querer fazer, ficar com preguiça. Como o próprio prefeito falou: quem não está conosco, está contra a gente”, criticou Mazina, afirmando que não aceitará "boicotes" dos próprios funcionários.

Para driblar a falta de recursos, com que a secretaria estaria sofrendo desde o primeiro semestre, ao contrário do ano passado, quando tinha “vacas gordas”, Mazina pediu para que os servidores usem a criatividade e a boa vontade para melhorar a gestão na saúde.

Entre os pontos da autocrítica, o secretário de saúde reconheceu a falta de medicamentos nos postos de saúde, que foi gerada por problemas em licitações, onde tinham empresas com pendências judiciais ou outras que ganhavam a concorrência, mas não entregavam os remédios nos prazos.

Política- Mazina comentou ainda, que não vai admitir campanha de candidatos a prefeitura ou aos cargos de vereadores de forma antecipada dentro da Sesau (Secretaria de Saúde). Ele afirma que já tem conhecimento de gerentes e chefes alinhados com candidatos a vereança “A” e “B”, e que isso poderia prejudicar nos serviços da saúde, com vantagens para alguns pacientes, enquanto outros não seriam atendidos.

“Não podemos politizar a secretaria, nem estamos no período eleitoral ainda”, comentou Mazina.

O secretário finalizou, dizendo que eles não estão no final de governo e que precisam melhorar muitos índices para não entregar a gestão da saúde para outra administração e serem criticados com indicadores ruins.

Segundo ele, todos serão culpados, não somente o secretário, já que todos procedimentos do SUS (Sistema Único de Saúde), são registrados na secretaria e o Ministério da Saúde.

“Cada unidade tem um administrador, que é responsável por ela. Vão perguntar, quem é o gerente da unidade tal? A unidade está péssima, então ele é um péssimo gestor”, exemplificou o secretário de saúde.

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