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Capital

Sem banco, lixeira e banheiros, estrutura da lagoa Itatiaia deixa a desejar

Paula Maciulevicius | 16/01/2012 16:26

Lagoa se tornou espaço pouco aproveitável, mesmo oferecendo até academia ao ar livre

Aposentado precisa “caçar” lugar para contemplar lagoa de pertinho.  “Faltava era uma limpeza aqui né?”, questiona. (Foto: Pedro Peralta)
Aposentado precisa “caçar” lugar para contemplar lagoa de pertinho. “Faltava era uma limpeza aqui né?”, questiona. (Foto: Pedro Peralta)
Bueiro feito para escoar água da chuva para lagoa está inutilizável e água fica presa às margens. (Foto: Pedro Peralta)
Bueiro feito para escoar água da chuva para lagoa está inutilizável e água fica presa às margens. (Foto: Pedro Peralta)

O local tinha tudo para ser apreciável, mas deixa a desejar e não é pelo cenário. Um dos cartões-postais de Campo Grande, a lagoa Itatiaia, no bairro Tiradentes, está ali para quem quiser ver, mas requer esforços. O primeiro deles é justamente o que o aposentado Donizete Ventura, 52 anos, fazia, ficar em pé.

Morador da região há 20 anos, “seo” Donizete se equilibrava em meio ao mato alto, na única pontinha que dava pra ficar e ver a lagoa de perto. “Faltava era uma limpeza aqui né? Faz tempo que está assim e devia ser como no Parque das Nações Indígenas, uma ponte para a gente ver os peixes e ir até lá, quase no meio. Assim como está, é mal aproveitado”, argumenta.

Há duas décadas ali, o aposentado já vivenciou outros momentos da lagoa, bem piores do que o atual. “Melhorou bastante, mas ainda assim esse mato tem beiradas, tinha que roçar, só tem esse cantinho para a gente ficar e se quer um banco pra sentar”, completa.

Sem bancos, bebedouros, banheiros e lixeiras novas, a lagoa se tornou espaço pouco aproveitável, mesmo oferecendo até academia ao ar livre. Em férias, o estudante João Pedro Alves do Amaral, 12 anos, estava ali pela segunda vez, a brincar em um dos aparelhos. “Eu acho que falta sim, seria legal se tivesse um banco pelo menos”, comenta.

A visita do Campo Grande News foi justamente após a chuva e o que se viu não é bonito para contemplar. Bueiros feitos às margens da lagoa que deveriam drenar a água da chuva para dentro acumulava água.

Carcaça de lixeira explica a sujeira relatada pela vizinhança na lagoa. (Foto: Pedro Peralta)
Carcaça de lixeira explica a sujeira relatada pela vizinhança na lagoa. (Foto: Pedro Peralta)

“Fica aí preso, não tem para onde ir e é pelo mato alto. Aí acumula caramujo, larva de dengue, lixo que jogam. Essa água tinha que ir para a lagoa e não ficar represada aqui”, observa o guarda municipal Henrique César Barbosa Lima.

Para quem participou de um mutirão em dezembro do ano passado, organizado pela Guarda Municipal e Defesa Civil, ver que o serviço feito não é mantido chateia. “É uma pena, porque é tão bonito aqui. Faltam bancos, lixeiras. O sol se põe bem aqui a tarde, é lindo”, completa Barbosa Lima.

Durante o tempo em que o Campo Grande News esteve no local, não encontrou lixo espalhado pela grama, mas segundo relatos, latas, garrafas e embalagens de lanches sempre estão por ali. “É que com o vento foi tudo para a lagoa, mas não tem lixeira também. Existe uma só, e meio escondida. Essa aqui só tem a alça”, mostra o guarda municipal.

A última ação de limpeza na lagoa ocorreu há pouco mais de um mês, com a colaboração da vizinhança, foram retiradas garrafas pets, de cerveja, embalagens e até lixo hospitalar. E no entorno do espelho d’água, foram plantadas 30 mudas de árvores.

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