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Capital

Sem previsão de retorno, pronto atendimento da Santa Casa segue suspenso

Porta de entrada do Hospital foi fechada na última sexta-feira (10) por falta grave de insumos

Por Fernanda Palheta e Mylena Fraiha | 14/05/2025 12:10
Sem previsão de retorno, pronto atendimento da Santa Casa segue suspenso
Vereadores durante audiência que discutiu o colapso financeiro da Santa Casa (Foto: Reprodução)

O Pronto Atendimento Adulto e Infantil da Santa Casa de Campo Grande segue suspenso. Durante audiência pública sobre as dificuldades financeiras do Hospital, realizada na manhã desta quarta-feira (14), na Câmara Municipal de Campo Grande, a diretoria da Santa Casa reforçou que enfrenta déficit de R$ 13 milhões mensais e não há previsões para o retorno dos atendimentos.

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O Pronto Atendimento Adulto e Infantil da Santa Casa de Campo Grande permanece suspenso devido a um déficit financeiro de R$ 13 milhões mensais. A suspensão, iniciada em 10 de novembro, foi motivada pela falta de insumos no centro cirúrgico, especialmente enxoval cirúrgico, conforme explicou o diretor técnico, William Leite Lemos.Apesar do apoio de outros hospitais, a capacidade de normalizar os atendimentos é limitada. O diretor financeiro, Reinaldo Romano, destacou que a instituição está priorizando a compra de insumos essenciais, pagando à vista, para evitar a falta de materiais e garantir o funcionamento do hospital.

A porta de entrada do Hospital foi fechada na última sexta-feira (10) por falta grave de insumos no centro cirúrgico, o que impede a realização de procedimentos. Ao Campo Grande News, diretor técnico da instituição, o médico William Leite Lemos, explicou que no momento está faltando enxoval cirúrgico.

"Estamos com problema na renovação do nosso enxoval cirúrgico, que depende de confecção. Então como nós chegamos a um ponto de não ter mais esse enxoval cirúrgico, nós restringimos e pedimos auxílio a outros hospitais, para que eles pudessem nos ceder o enxoval deles", explico.

Segundo ele mesmo com o apoio de outros hospitais repassando materiais, ainda não há capacidade para normalizar o serviço. "A Santa Casa é um hospital de 700 leitos e o hospital que pode ajudar é o Regional que tem metade desses leitos, mesmo com o que ele pode me apoiar, para mim é muito pouco. Ajuda, mas tem um impacto muito pequeno. Se eu abro novamente o pronto atendimento eu vou encher o Hospital e vou precisar de mais insumos, preciso manter um volume mínimo de pacientes dentro do Hospital para conseguir resolver os problemas dos pacientes que estão lá", completou.

O diretor financeiro da Santa Casa, Reinaldo Romano, disse que com o colapso financeiro, a instituição só consegue comparar insumos pagando à vista. "

O dinheiro que entra, que poderia ser usado para outras ações, está sendo destinado para essas compras antecipadas, para que o material chegue ao hospital sem falta. Principalmente medicamentos, materiais hospitalares, antibióticos — tudo o que é essencial para o funcionamento do hospital e o atendimento aos pacientes. Então vamos ter que repetir o que fizemos no passado: comprar, pagar em dia, ir ganhando prazos aos poucos, até que o limite de crédito seja reestabelecido", afirmou.

Os pacientes que já estão internados ou em estado grave continuarão recebendo atendimento normalmente.

A suspensão foi comunicada às autoridades da saúde, como a Secretaria Municipal de Saúde, o Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência), o Ministério Público e o Conselho Regional de Medicina. A Santa Casa informou que assim que houver reposição dos insumos e condições mínimas de segurança, os atendimentos serão retomados e um novo comunicado será divulgado.

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