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Capital

Sem velório, Melany é enterrada pelo pai e avó 4 dias após ser morta pela mãe

Problemas com a documentação da criança só permitiram sepultamento na manhã de hoje

Liniker Ribeiro e Ana Oshiro | 26/06/2021 11:59
Pai, avó materna e amiga acompanharam enterro de bebê morta pela mãe (Foto: Paulo Francis)
Pai, avó materna e amiga acompanharam enterro de bebê morta pela mãe (Foto: Paulo Francis)

Foram apenas 20 minutos entre a chegada da família ao cemitério público São Sebastião, mais conhecido como Cruzeiro, e o sepultamento do corpo da pequena Melany, na manhã deste sábado (26), em Campo Grande. Sem velório, pai e avó materna se despediram, ainda muito abalados, da menina morta pela própria mãe, Gabrieli Paes, de 21 anos, um dia antes de completar 5 meses.

O caixão pequeno, trazendo o corpo da bebê, chegou ao cemitério pouco antes das 8h. Além dos dois parentes próximos, uma amiga da avó materna acompanhou o sepultamento.

Emocionado, o pai da criança, Fábio Costa Souza, de 40 anos, se limitou a dizer que tem buscado forças para seguir em frente. "Não tenho nada pra falar agora. Eu quero só virar essa página e tentar seguir minha vida".

Após o enterro, a avó materna preferiu manter o silêncio, que veio acompanhado de muitas lágrimas.

Fábio Costa Souza, pai de Melany, próximo a carro funerário, antes do enterro (Foto: Paulo Francis)
Fábio Costa Souza, pai de Melany, próximo a carro funerário, antes do enterro (Foto: Paulo Francis)

Documentação – O sepultamento de Melany só aconteceu três dias após a confirmação da morte, devido a problemas com a documentação da criança.

Como o nome do pai não está presente na Certidão de Nascimento, foi preciso aguardar a chegada da avó materna, que mora em propriedade rural afastada da área urbana da Capital, para liberação do corpo.

Presa – Gabrieli, que confessou a morte da filha, ficará presa por tempo indeterminado. Nesta quinta-feira (24), a mãe de Melany passou por audiência de custódia, ocasião em que a juiza May Melke Amaral Penteado Siravegna  decidiu por converter o flagrante em prisão preventiva.

Falou que no dia em que vacinou a filha, descobriu que ela tinha o "chip da besta" na cabeça e queria tirar isso da criança. A jovem confessou ter matado a criança em uma bica d'água que servia de chuveiro, na casa onde morava com o bebê, na Vila Bandeirantes.

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