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Capital

Semana da Vida terá exposição de relíquia e reflexão sobre dignidade humana

Luciana Brazil | 30/09/2013 12:01
Dom Dimas diz que é preciso haver diálogo aberto sobre temas polêmicos. (Foto:Marcos Ermínio)
Dom Dimas diz que é preciso haver diálogo aberto sobre temas polêmicos. (Foto:Marcos Ermínio)

Propondo reflexões sobre a dignidade humana, a Diocese de Campo Grande inicia oficialmente amanhã (1) a Semana Nacional da Vida que acontece até o próximo dia 6 de outubro na Capital. Entre palestras, carreatas e missas, o projeto quer despertar nos fiéis o reconhecimento e o valor da vida em sua totalidade.

A semana, realizada pela CNBB (Confederação Nacional dos Bispos do Brasil) desde 2005, terá como tema central “Cuidar da Vida e Transmitir a Fé”.

Durante a programação em Campo Grande, os católicos poderão visitar a relíquia da santa italiana Gianna Beretta Molla, reconhecida como padroeira das famílias e protetora das gestantes. Na abertura do evento (1), uma missa será celebrada na catedral, na igreja Santo Antônio, às 19 horas.

No dia 5 de outubro, duas pessoas envolvidas no milagre que acarretou a canonização da santa estarão em Campo Grande. Elas darão uma palestra durante o retiro da RCC (Renovação Carismática Católica), no Ginásio Poliesportivo Dom Bosco.

Um pedaço da roupa da santa ficará exposto na quarta-feira (2), na igreja Perpétuo Socorro, dia em que são celebradas as novenas. A relíquia já percorreu Campo Grande em um sobrevôo no último domingo (29).

Conforme o arcebispo metropolitano de Campo Grande, Dom Dimas Lara Barbosa, temas como aborto e o homossexualismo devem fazer parte do diálogo proposto pela Igreja.

Recentemente, o Papa Francisco declarou que homossexuais devem ser respeitados e não julgados. O Pontífice ainda declarou que "quando uma mulher se arrepende enorme e sinceramente pelo que fez", as pessoas devem recebê-la com misericórdia. "O confessionário não é uma sala de tortura, mas sim, um lugar de misericórdia no qual o Senhor nos estimula a fazer o melhor que podemos", disse Francisco.

 “A Igreja se pronuncia ao longo de muitas décadas contraria ao aborto. Não é um dogma, mas a Igreja compreende que a vida começa no momento da fecundação”, disse ele se referindo ao valor à vida e à dignidade humana.

Durante coletiva de imprensa, na manhã de hoje (30), o bispo salientou a aproximação feita pela Igreja com gestantes. “Temos tentado nos aproximar das gestantes e fazer com que sua decisão seja de levar a gravidez adiante”.

Muitos projetos que acolhem gestantes são realizados por várias paróquias em Campo Grande, segundo Dom Dimas.

O Projeto “Raquel” que recebe mulheres que já fizeram aborto, e é desenvolvido por cerca e 10 dioceses no país, deverá chegar à Capital até o ano que vem. “Pretendo trazer o projeto para cá em breve”.

Relíquia será exposta na quarta-feira durante novenas. (Foto:Divulgação)
Relíquia será exposta na quarta-feira durante novenas. (Foto:Divulgação)

Sobre o homossexualismo, o bispo ressaltou que é preciso ter um diálogo “aberto, tranquilo e sereno”. “Acredito que há um desconhecimento grande sobre o fenômeno humano do homossexualismo. Ainda não houve consenso se é opção sexual, ou não. A OMS (Organização Mundial da Saúde) já se pronunciou dizendo que não é doença. O que sabemos é que, todo mundo, independente da opção sexual, é filho de Deus e Cristo morreu por todos nós”.

Milagre: O milagre pelo qual a santa Gianna foi canonizada aconteceu no Brasil, na cidade de Franca, em São Paulo, em 1999. Elizabete Arcolino Comparini se negou a abortar, mesmo depois da notícia de ter perdido o líquido amniótico durante sua quarta gestação. Confiante e cheia de fé, a mulher pediu a intercessão da santa Gianna para que o bebê fosse preservado dos males.

Sem explicação científica, a menina nasceu sem alterações e com a saúde em boas condições.

Santa: Gianna nasceu em 4 de outubro de 1922 e casou-se em 1955. Em sua segunda gestação, a santa recebeu o diagnóstico de fibroma no útero, um tumor benigno que se instala na parede uterina. Gianna teve três opções, retirar o útero (o que mataria o bebê), abortar o feto ou submeter-se a uma cirurgia de risco e preservar a gravidez. Ginna não hesitou e disse: “Salvem a criança, pois tem direito de viver e ser feliz”.

Ela decide continuar a gestação, apesar de saber dos riscos que corria. “Se deveis decidir entre mim e o filho, nenhuma hesitação: escolhei-o – e isto exijo- a criança. Salvai-a”.

Na manhã de 21 de abril de 1962 nasceu Gianna Emanuela. Apesar dos esforços, os médicos não conseguiram salvar a mãe. Gianna Beretta morreu aos 39 anos. Ela foi beatificada por João Paulo II, no dia 24 de abril, em 1994 e canonizada em 2004.

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