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Capital

Sogro e concunhada mataram faxineira por causa de dívida de R$ 80

Alan Diógenes | 16/12/2014 17:09
Faxineira foi morta com 9 facadas. (Foto: Alcides Neto)
Faxineira foi morta com 9 facadas. (Foto: Alcides Neto)

A dona de casa Débora Nicolau de Araújo, 20 anos, e o mestre de obras Abadio Fernandes de Andrade, 62, foram presos no final da tarde de ontem (15), em Campo Grande, acusados de matar a faxineira Claúdia Gabriel dos Santos, 37. O crime aconteceu na última sexta-feira (12), no Jardim das Perdizes, quando a mulher deu nove facadas na concunhada, que devia R$ 80 a ela, e o sogro ajudou na fuga.

Eles foram apresentados, na tarde desta terça-feira (16), na 4º Delegacia de Polícia Civil do Bairro Moreninhas. Conforme o delegado Tiago Macedo, responsável pelo caso, o crime foi motivado pelo ódio.

“A vítima devia para a autora fazia tempo, tanto que ela acionou a Justiça Itinerante para receber a quantia. Mesmo sendo notificada pela Justiça, a vítima se negava a pagar, inclusive fazia chacotas com a autora. Isso a deixou irritada e ela começou a andar armada com um punhal” explicou.

Conforme o delegado, o crime aconteceu em frente a um bar. “Em uma ocasião, quando ela ia buscar um dos filhos na creche, encontrou a vítima na rua. Elas se agrediram, e a autora conta que a vítima bateu nela com um guarda chuva, momento em ela desferiu as facadas”, destacou.

Assassina de faxineira não quis mostra o rosto, mas disse que agiu em legítima defesa. (Foto: Alan Diógenes)
Assassina de faxineira não quis mostra o rosto, mas disse que agiu em legítima defesa. (Foto: Alan Diógenes)
Abadio disse que só deu carona para a nora, por que populares queriam agredi-la. (Foto: Alan Diógenes)
Abadio disse que só deu carona para a nora, por que populares queriam agredi-la. (Foto: Alan Diógenes)

Para chegar aos autores, o delegado ouviu familiares da vítima, que confirmaram a relação conturbada entre as duas, e também ouviu testemunhas, que presenciaram o fato. A autora tinha vendido cosméticos e uma sandália para a vítima, que não queria pagar a dívida de R$ 80.

No dia do crime, Abadio conduzia um veículo VW Saveiro e ajudou a autora a fugir para uma chácara localizada em Corguinho, a 88 quilômetros da Capital. Ele alega que fez isso para defender a nora. “Eu levei ela embora, por que o pessoal queria bater nela. A minha nora que morreu era cheia de rolo, tinha vários B.O.s (Boletins de Ocorrência) em seu nome”, se defendeu.

Já Débora disse que cometeu o crime por que estava sendo ameaçada de morte. “Ela falava que iria me matar e matar meus filhos. Tive que fazer algo pra me defender. Achei o punhal em uma chácara e no dia que ela me bateu com o guarda chuva eu me defendi”, mencionou.

As investigações sobre o crime continuam porque o veículo utilizado no crime ainda não foi localizado. Os dois acusados irão responder pelo crime de homicídio duplamente qualificado por motivo fútil, que dificultou a defesa da vítima. Débora vai ser transferida para o presídio feminino da Capital, e Abadio aguarda vaga para ser transferido para uma peninteciária pública.

Para cometer o crime, Débora usou um punhal encontrado no local do crime. (Foto: Alan Diógenes)
Para cometer o crime, Débora usou um punhal encontrado no local do crime. (Foto: Alan Diógenes)
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