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Terreno de subestação vira horta e exemplo de mobilização comunitária

Iniciativa no Jardim Ouro Preto une moradores, gera renda, promove inclusão social e faz doações

Por Raíssa Rojas | 12/08/2025 12:29
Terreno de subestação vira horta e exemplo de mobilização comunitária
Firmo Nogueira, de 86 anos, frequenta todos os dias a horta comunitária (Foto: Marcos Maluf)

"No serviço da lavoura, eu sempre fui campeão", assegura, aos 86 anos, Firmo Nogueira Rangel, voluntário assíduo da Horta Comunitária Estação Verde, que inaugurou hoje (12) pela manhã. Em dois hectares de terreno da subestação Lageado, no Jardim Ouro Preto, foi separado quase um campo de futebol oficial (meio hectare) para o cultivo de hortaliças. A cada três meses são produzidas duas toneladas de alimentos e a ideia é expandir cada vez mais.

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A Horta Comunitária Estação Verde foi inaugurada em um terreno da subestação Lageado, no Jardim Ouro Preto, em Campo Grande. O projeto, que ocupa meio hectare, produz duas toneladas de alimentos a cada três meses e conta com a participação de voluntários, entre eles Firmo Nogueira, de 86 anos. A iniciativa, resultado de parceria entre Energisa, UFMS, Agraer, Semades e MAPA, visa promover inclusão social e geração de renda. Dez por cento da produção é doada para instituições beneficentes. A empresa planeja expandir o projeto para outras 12 subestações na capital, transformando áreas antes utilizadas para descarte irregular de lixo em espaços produtivos.

A Horta Comunitária promove inclusão social, gera renda e ainda capacita a população para o cultivo da horta. “O projeto começou com uma comunidade em necessidade de emprego e a comunidade abraçou a horta maravilhosa. A Energisa oferece infraestrutura e ferramentas para viabilizar o projeto", explica o diretor-presidente da Energisa, Paulo Roberto dos Santos. Segundo o diretor, o objetivo é criar pelo menos outras 12 hortas como essa em outras subestações pela Capital, em processo de discussão entre lideranças locais e vereadores.

No início, tiveram 146 inscritos; atualmente, menos de 20 permanecem porque notaram a real dificuldade de cuidar de uma horta. Porém, a dificuldade nunca foi um problema para Firmo Nogueira, morador da região e voluntário. “A horta exige arrancar o matinho na mão, sempre faço. Mas eu enfrento a enxada, olha minha mão. Nunca encostei serviço, sempre fui atrevido”, relata o voluntário, que às vezes passa tardes inteiras fazendo o que ama e o que aprendeu há mais de cinco décadas: cuidar de hortas.

Terreno de subestação vira horta e exemplo de mobilização comunitária
O voluntário idoso conta que ama a horta e as vezes se atreve a pegar enxada (Foto: Marcos Maluf)

Vegetariano e experiente no plantio, Firmo conta que não planeja parar tão cedo. "A horta é uma paixão minha. Só penso em parar quando Deus quiser. Eu vivo de horta, para minha alimentação. Eu sei produzir e o bairro precisa de pessoas experientes; tomei essa decisão de ajudar. Ajudando, eu tenho direito também de usufruir dos produtos”, discorre o idoso.

“O projeto é inclusivo, qualquer pessoa do bairro pode participar e cultivar. Com a participação de aposentados, a iniciativa deslanchou, proporcionando atividades e ocupação para pessoas idosas”, conta o diretor-presidente da Energisa MS, Paulo Roberto dos Santos.

Terreno de subestação vira horta e exemplo de mobilização comunitária
Presidente da Associação dos moradores do Jardim Ouro Preto e diretor-presidente da Energisa MS (Foto: Marcos Maluf)

Márcio do Carmo Vieira Lima, de 49 anos, presidente da associação do bairro desde 2019, relembra que antigamente o local era usado para descarte irregular de lixo e até para atear fogo. "Isso trazia alguns transtornos para nós. Desde então luto pela horta aqui. Em 2023 iniciamos o projeto. Toda a infraestrutura, parte da água e dos instrumentos, é da Energisa. A UFMS entrou com a parte técnica de estudo e de extensão para estruturar o projeto corretamente. Temos banana, mandioca, alface, rúcula, coentro, salsinha, cebolinha e espinafre", conta Márcio.

Além disso, 10% de tudo o que é produzido é doado para instituições como o Projeto Pedacinho do Céu, Ato de um Vencedor e Alçando Vidas. O projeto é aberto para a comunidade. A iniciativa tem parceria com a Associação de Moradores do Jardim Preto, além do apoio da UFMS (Universidade Federal de Mato Grosso do Sul), Agraer (Agência de Desenvolvimento Agrário e Extensão Rural), Semades (Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável) e MAPA (Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento) no fortalecimento comunitário.

Terreno de subestação vira horta e exemplo de mobilização comunitária
Na horta comunitária, Estação Verde, tem hortaliças, couve, cebolinha, alface, hortelã e mais (Foto: Marcos Maluf)

Durante a inauguração, ao som da orquestra do Instituto Manoel Bonifácio, foi assinado o termo de comodato entre a Energisa e a Associação de Moradores, oficializando a área cedida para a Horta Comunitária. Para quem tem interesse em ser voluntário, a horta está aberta todos os dias, das 8h às 11h30 e das 13h30 às 17h, na Avenida Gunter Gans, Jardim Ouro Preto, ao lado do Atacadão.

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