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Capital

TJ mantém preso agente penitenciário que matou pedreiro em show

Desembargador ainda determinou que ele fique isolado dos demais presos

Aline dos Santos | 26/09/2017 08:00
Adilson foi morto com tiro no peito em camarote de show. (Foto: Reprodução/Facebook)
Adilson foi morto com tiro no peito em camarote de show. (Foto: Reprodução/Facebook)

O TJ/MS (Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul) negou a liberdade para o agente penitenciário federal Joseilton de Souza Cardoso, 34 anos. Na madrugada de domingo (dia 24), ele matou com tiro no peito o pedreiro Adílson Silva Ferreira dos Santos, 23 anos, durante show no estacionamento do Shopping Bosque dos Ipês, em Campo Grande.

No pedido de habeas corpus,a defesa alegou que há risco à integridade física do agente, que pode ser aplicadas medidas cautelares diversas de prisão e que ele reúne condições favoráveis: bons antecedentes, endereço certo e trabalho lícito. As justificativas não foram aceitas pelo desembargador Dorival Moreira dos Santos.

Ao negar o pedido de liberdade, o magistrado aponta que a prisão é para garantir a ordem pública, “considerando-se a gravidade em concreto do delito de homicídio supostamente cometido pelo paciente, o qual é agente penitenciário federal e efetuou disparo de arma de fogo contra a vítima”.

O desembargador ainda determinou à Agepen (Agência Estadual de Administração do Sistema Penitenciário) que ele fique isolado dos demais presos. O agente está preso no Centro de Triagem Anísio Lima, no Complexo Penal de Campo Grande, Jardim Noroeste.

Tiro - Joseilton foi preso em flagrante logo depois do crime e disse que agiu em legítima defesa. A pistola ponto 40 usada por ele foi apreendida.

A família da vítima e os amigos do agente dão versões diferentes sobre o caso e o motivo do desentendimento não foi revelado. A situação que resultou em crime tem a versão de que o pedreiro foi ajudar o agente, que passava mal perto do banheiro químico; outra narrativa dá conta que a confusão começou porque a fila foi “furada” e o agente reprimiu a conduta, sendo agredido a socos.

O delegado Reginaldo Salomão, que atendeu o caso no domingo, relatou que o agente justificou o disparo como "ato de memória muscular", uma reação automática devido aos treinamentos realizados na academia para reprimir agressões.

O agente penitenciário contou à polícia que a intenção era deixar a arma no carro, mas como não conseguiu vaga de estacionamento dentro do shopping, teve que entrar com a pistola no show.

Histórias - Vindo do Ceará, o agente penitenciário trabalha no Presídio Federal de Campo Grande e está em estágio probatório, que corresponde ao período de três anos de avaliação do servidor nomeado para cargo efetivo. Ele foi ao show para comemorar aniversário.

Servente de pedreiro, Adilson havia comprado ingresso para o camarote há quatro meses. O jovem estava em Campo Grande há um ano, depois de uma temporada em Santa Catarina.

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