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Capital

Três pessoas são ouvidas em audiência de motorista que matou passageiro de táxi

Nadyenka Castro e Viviane Oliveira | 07/05/2013 19:21
Local da colisão entre camionete e táxi, horas depois do acidente. (Foto: Simão Nogueira)
Local da colisão entre camionete e táxi, horas depois do acidente. (Foto: Simão Nogueira)

Uma taxista, um policial militar e um motorista falaram na tarde desta terça-feira à Justiça sobre a colisão da camionete Mitsubichi L-200 e o táxi Fiat Siena, que resultou em uma morte e dois feridos, na madrugada do dia 11 de fevereiro, na avenida Afonso Pena, em Campo Grande. Um deles confirmou que o motorista do utilitário passou pelo sinal vermelho.

Esta foi a primeira audiência sobre o acidente. O motorista da camionete, Diogo Machado Teixeira, foi preso no dia e solto quase dois meses depois.

A mãe do administrador de fazenda, que aguardava do lado de fora da sala a audiência terminar demonstrava nervosismo em alguns momentos, andando de um lado para o outro.

Um dos relatos que foi ouvido pelo juiz Carlos Garcet e pelo MPE (Ministério Público Estadual) foi do motorista do veículo Corolla que também trafegava pela avenida Afonso Pena e aparece nas imagens da colisão.

Ele contou à Justiça que ele e Diogo furaram o sinal vermelho no cruzamento da Afonso Pena com a rua Bahia. No entanto, na versão dele, ele reduziu a velocidade, mas, Diogo, distraído, manteve a velocidade e não viu o táxi trafegando na outra via. Ele falou também que o condutor da L-200 prestou socorro aos ocupantes do Fiat Siena.

Um policial militar lotado na Ciptran (Companhia Independente de Polícia Militar de Trânsito) também falou à Justiça. Ele diz que estava próximo ao local, ouviu o barulho da batida e foi ver o que havia acontecido.

Quando chegou ao cruzamento, viu Diogo próximo às três vítimas, desesperado e em estado de choque. Conforme o policial, o motorista da L-200 assumiu que havia consumido bebida alcoólica, aceitou fazer exame de alcoolemia, não aparentava estar bêbado e exalava odor etílico.

Também prestou depoimento uma taxista que foi uma das primeiras pessoas a chegar ao local do acidente. Ela contou que estava no ponto dela e viu a camionete passando pela Afonso Pena e derrapando próximo a um semáforo.

Minutos depois, ela foi informada pelo rádio que um taxista havia se acidentado e foi ver o que tinha acontecido com o colega. Lá, a primeira cena que viu foi os veículos danificados e Diogo com as mãos ensanguentadas, com sangue.

A taxista falou também que Diogo não conseguia se manter em pé e tinha sinais de embriaguez.

Diogo Machado foi preso em flagrante e solto dois meses depois. Ele pagou fiança de 101.700,00. Conforme o juiz da 1ª Vara do Tribunal do Júri de Campo Grande, Carlos Alberto Garcete, que concedeu a liberdade provisória, a quantia de 150 salários mínimos é para resguardar o pagamento de indenização às vítimas em caso de condenação. Um salário equivale a R$ 678.

O administrador de fazenda também vai pagar pensão temporária mensal de R$ 3 mil para os dois sobreviventes. O magistrado ainda determinou que ele tenha a CNH (Carteira Nacional de Habilitação) suspensa até o fim do processo. O documento deve ser entregue ao Detran/MS (Departamento Estadual de Trânsito).

Ele também deverá permanecer em casa no período noturno, compreendido entre as 20h e 6h, incluindo feriados e fins de semana.

Passageiro do táxi, José Pedro Alves da Silva Júnior, de 22 anos, morreu na hora. O amigo dele, Ramon Rudney Tenório Souza e Silva, de 21 anos, e o taxista Sebastião Mendes da Rocha, de 51 anos, ficaram feridos. Ambos já receberam alta.

Matéria editada às 22h para correção de informação

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