ACOMPANHE-NOS     Campo Grande News no Facebook Campo Grande News no Twitter Campo Grande News no Instagram
ABRIL, SEXTA  26    CAMPO GRANDE 32º

Capital

Venda de água para candidatos do Enem garante lucro de até R$ 1.600

Liana Feitosa, Juliana Brum e Flávia Lima | 25/10/2015 13:02
Em frente à universidade Uniderp, o exame foi aproveitado por diferentes grupos para reforçar orçamentos graças à venda de água, canetas e chocolate. (Foto: Gerson Walber)
Em frente à universidade Uniderp, o exame foi aproveitado por diferentes grupos para reforçar orçamentos graças à venda de água, canetas e chocolate. (Foto: Gerson Walber)

Em frente à universidade Uniderp, na avenida Ceará, em Campo Grande, o Enem (Exame Nacional do Ensino Médio) foi aproveitado por diferentes grupos para reforçar orçamentos graças à venda de água, canetas e chocolate.

Esse é o caso dos jovens da igreja Sara Nossa Terra. Segundo o Vitor Hugo Silva dos Santos, a cada 3 meses a igreja promove um evento especial e, para conseguir arrecadar recursos para essa produção, a igreja espalhou seis grupos em diferentes pontos da cidade onde ocorrem as provas. Com isso, ontem foram arrecadados R$ 300.

Reforço - Os estudantes do primeiro ano de Medicina da UFMS (Universidade Federal de Mato Grosso do Sul) Gabriel Rosa Vilela, 18 anos, e Juliana Marques Benedito, de 21 anos, também aproveitaram a oportunidade para reunir recursos para a turma e tiveram lucro líquido de R$ 1.600, resultado dos sete grupos que distribuídos pela cidade. Segundo eles, esse tipo de ação é adotada pelos alunos do primeiro ano da universidade há bastante tempo.

A estudante de Direito Louisie Eberhardt, de 20 anos, também da UFMS, faz parte da comissão de formatura do curso e conseguiu reunir cerca de R$ 800 com as vendas. "Não é muito dinheiro porque tem bastante concorrência. É preciso ficar em um lugar bem localizado para conseguir vender bem", afirma a estudante.

Os candidatos aproveitaram até os últimos minutos, antes do fechamento dos portões, para comprar água e salgadinhos. (Foto: Gerson Walber)
Os candidatos aproveitaram até os últimos minutos, antes do fechamento dos portões, para comprar água e salgadinhos. (Foto: Gerson Walber)

Já na UCDB (Universidade Católica Dom Bosco), que fica na avenida Tamandaré, a lanchonete da universidade ficou o tempo todo lotada na manhã deste domingo. Os candidatos aproveitaram até os últimos minutos, antes do fechamento dos portões, para comprar água e salgadinhos.

Fome - Três amigas, Bruna Laís Torete, Camila da Silva Ribeiro e Isabela Marques, todas de 18 anos, acreditam que, além de "enganar a fome", comer alguma coisa distrai e alivia a tensão na hora de fazer a prova.

No entanto, Camila conta que tem gente que exagera na "prevenção da fome". Ontem, durante a prova, um candidato levou uma marmitex para a sala e abriu a refeição ali mesmo para comer enquanto respondia às questões.

A comida foi rapidamente vistoriada pelo fiscal e, em seguida, liberada. "Eu sempre ouço falar de pessoas que levam comida assim pra comer na hora da prova, mas isso é um pouco exagerado, bastam algumas frutas e alguns salgadinhos", afirma Camila, quer cursar Arquitetura.

Para aliviar - As jovens consideram que a etapa de hoje é a considerada mais difícil pelos candidatos, já que inclui a redação. "A gente fica tão tenso e preocupado que não dá para comer marmitex", comenta Camila de forma descontraída.

Essa é a terceira que ela e as amigas fazem o Enem. Nas edições passadas elas não foram muito bem, por isso, neste ano, estudaram mais. Além disso, o objetivo do trio é ficar até o final do período de prova para revisar todas as questões.

"Não adianta fazer rápido e deixar passar errinho bobo por falta de revisão", completa Bruna, que quer cursar Medicina Veterinária. A amiga dela, Isabela, faz a prova para tentar o curso de Letras.

Nos siga no Google Notícias