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Cidades

Carta escrita por Beira-Mar a aliados fala de envio de droga à Europa

João Humberto | 17/12/2010 20:11
Traficante Fernandinho Beira-Mar está preso na Penitenciária Federal de Campo Grande.
Traficante Fernandinho Beira-Mar está preso na Penitenciária Federal de Campo Grande.

A polícia do Rio de Janeiro investiga o conteúdo de uma carta que teria sido enviada pelo traficante Luiz Fernando da Costa, o Fernandinho Beira-Mar, a aliados cariocas, enviada da Penitenciária Federal de Campo Grande. .

No bilhete, segundo policiais, o bandido revela que enviava cocaína para a Europa e que tinha planos de abrir pelo menos três empresas no Rio de Janeiro.

Conforme apurado pelo portal R7, na carta, apreendida no início deste semestre, há informações de que a quadrilha trazia do exterior mensalmente cerca de 450 quilos de cocaína, dos quais 300 quilos seriam enviados para a Europa e os outros 150 quilos abasteceriam o mercado do Rio de Janeiro.

No mesmo bilhete, também é mencionado que o grupo de Beira-Mar seria responsável pelo envio, por mês, de cerca de cinco toneladas de maconha para o Rio de Janeiro, sendo que o lucro seria dividido meio a meio com um suposto sócio, cujo nome não foi revelado pela polícia.

A reportagem do portal R7 informou que, de acordo com um agente, a carta ainda traz comentários sobre homicídios de supostos informantes da polícia (X-9) e de cobranças de dívidas. Em outro trecho, o bandido cita que, se os endividados não queriam lhe pagar em dinheiro, tinham que entrar como sócios em pelo menos três empresas que ele pretendia abrir no estado.

A polícia não sabe se, com a ocupação no Complexo do Alemão, na zona norte, que recebia toda a droga que Beira-Mar trazia, o esquema continuaria funcionando. Seu principal "assessor", o traficante Marcelo Leandro da Silva, o Marcelinho Niterói, estava escondido no local e fugiu após as incursões policiais e de tropas do Exército.

Marcelinho Niterói tinha uma casa no conjunto de favelas, que já está servindo de base para um dos batalhões de campanha que a polícia montou no Alemão.

A quadrilha de Beira-Mar tem ainda grande atuação na fronteira do Brasil com o Paraguai. As polícias dos dois países investigam se aliados do bandido estariam na região. A Senad (Secretaria Nacional Antidrogas) informou que, após a ocupação no Alemão, houve a entrada de suspeitos no país, mas não soube informar a identidade nem a nacionalidade.

Durante a ocupação no Alemão, a polícia apreendeu na casa de Niterói outra carta que também teria sido escrita por Beira-Mar. Nela, o traficante fala em uma suposta aliança com milicianos e sugere o sequestro de autoridades. (Com informações do portal R7).

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