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Cidades

CCZ recebeu 350 reclamações por conta de ratos em maio

Redação | 23/06/2010 15:55

Durante o mês de maio, o CCZ (Centro de Controle de Zoonoses) registrou 350 pedidos de desratização em terrenos e residências, quase dez por dia. As regiões com maior ocorrência de problemas com ratos são os da região do Aero Rancho, Vila Nhá Nhá, Jardim Seminário, Oliveira e Conjunto União.

Os fatores que atraem os roedores nestas regiões são: a proximidade com córregos e a falta de estrutura, como asfalto e esgoto.

De acordo com a chefe do Serviço de Controle de Roedores do CCZ, animais peçonhentos e sinantrópicos, a bióloga Silvia Barbosa, o problema com ratos sempre irá existir, mas há lugares onde as condições se tornam ideais para a proliferação.

"Onde há muitos entulhos, resíduos de alimentos e também atividades como reciclagem, ferro velho", alerta.

O aceitável pela Organização Mundial de Saúde (OMS) é a existência de quatro ratos por habitante, mas não há estudo que diga qual a proporção em Campo Grande.

A gestação da fêmea do camundongo é de 19 dias e ela gera em média oito filhotes. Com aproximadamente 45 dias de vida, o camundongo está adulto e pode procriar. Já a ratazana tem gestação de 22 dias e tem 12 filhotes em média. Entre 60 e 90 dias, a espécie é sexualmente ativa. Estima-se que um único casal gere 10 mil descendentes em um ano.

Infestado - Morador do bairro Buriti, Zenildo da Silva Lopes, tentou de várias formas exterminar os camundongos que invadiram a edícula no fundo de sua casa. "Usei chumbinho (veneno) e outros meios, mas não conseguimos diminuir. O problema era que o ninho deles era no vizinho", conta.

Lopes disse que no vizinho havia vários entulhos e depósitos de alimentos. Ele teve de arcar com o extermínio dos roedores do local, também, ou então não resolveria seu problema. "Quando fomos ao foco, acabou o problema", ressaltou.

Os roedores têm olfato aguçado, uma ratazana pode sentir cheiros num raio de 50 metros e os camundongos até seis metros. O ideal é guardar alimentos em ambientes fechados, como latas.

O lixo também deve ter atenção redobrada, pois os ratos sentem o cheiro dos restos de alimento mesmo quando ensacados. Em vez das lixeiras tradicionais, o lixo deve ser condicionado em tambores com tampas.

A bióloga Silvia também recomenda cuidado com o óleo de cozinha usado, não jogando ele no esgoto, para não servir de alimentos. "Além de poluir, serve de alimentos para ratos", ressalta.

Há 15 anos no setor de desinsetização, Diego Cavalcante, da DDHelp, lembra que não adianta exterminar ratos no quintal ou em casa, se os vizinhos não atentarem para o problema. "Muitas vezes a toca está no telhado ou no quintal do vizinho", avisa.

A desratização é monitorada por alguns meses para garantir que o roedores foram exterminados.

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